Este importante povoado fortificado situado sobre um afloramento basáltico, foi em parte destruído pela exploração de uma pedreira, perdendo-se irremediavelmente parte do seu espólio.

A estação é constituída por três plataformas; a fase inicial de ocupação corresponde ao horizonte dos copos canelados, começo do Calcolítico. Foram detectados os restos de muralhas formadas por grandes blocos de pedra (prismas basálticos). Para J. Soares e T. da Silva este povoado de cumeada "corresponde às primeiras manifestações metalúrgicas provenientes do Mediterrâneo oriental".

À medida que vão rareando os materiais cerâmicos referidos e característicos dos níveis inferiores (embora ainda possam fazer a sua aparição nos últimos estádios do Calcolítico), vão surgindo artefactos mais comuns aos estratos superiores daquele período, caso por exemplo, das cerâmicas de folha de acácia impressa; no entanto, verifica-se a ausência de cerâmicas campaniformes que correspondem ao último horizonte Calcolítico da Estremadura. Conclui-se que este povoado foi ocupado no Calcolítico Inicial e Pleno, tendo sido abandonado no Calcolítico Final. Em época posterior foi temporariamente ocupado por metalurgistas da idade do Bronze (encontraram-se machados de alvados) e do Ferro. Foram achados, ainda, lacrimários da época romana.

O espólio que se salvou encontra-se depositado em diversos locais, a saber: no Instituto de Arqueologia da Faculdade de Letras de Lisboa; no Museu Nacional de Arqueologia e Etnologia; e, no Centro de Estudos Históricos e Etnográficos de Mafra.

Código Municipal de Estação: IGN.017.

Código Nacional de Estação: 664.

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