Núcleo Arqueológico
Castro de Monte Mosinho ou Cidade Morta de Penafiel
Povoado castrejo de época romana, fundado no século I d.C. mas com uma ampla cronologia de ocupação, que chega mesmo a atingir o século V.
Fortificado com duas linhas de muralhas, o castro possui uma extensa área habitada, com cerca de 22 hectares, e apresenta diversas reformulações urbanísticas, sendo possível observar vários tipos de construção, desde núcleos de casas-pátio de tradição castreja, com compartimentos circulares e vestíbulo, às complexas habitações romanas de planta quadrada ou rectangular.
Na parte superior do castro destaca-se a muralha do século I, cuja entrada era flanqueada por dois torreões onde se encontravam duas estátuas de guerreiros galaicos, actualmente no Museu Municipal. O topo do castro é coroado pela acrópole, delimitada por um espesso muro e estéril em construções interiores. Aí se desenrolariam actividades várias, como jogos, assembleias, mercado, etc.
As escavações no castro de Monte Mozinho tiveram início em 1943, retomadas em 1974, e desde então não mais pararam, podendo o espólio ser visto no Museu Municipal de Penafiel.
ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de – Escavações arqueológicas no Castro de Monte Mozinho – Centro Cultural Penafidelis, 2 vols., Penafiel, 1974 e 1977;
SOEIRO, Teresa - “Monte Mózinho. Apontamentos sobre a ocupação entre Sousa e Tâmega em época Romana” - Penafiel, Boletim Municipal de Cultura, 3.ª Série, n.º 1, Penafiel, 1984;
IPPAR - Património Arquitectónico e Arqueológico Classificado - vol. II, Lisboa, 1993;
SOEIRO, Teresa - Monte Mózinho, Roteiro – Museu Municipal de Penafiel, 1998.