"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Núcleo Arqueológico

Villa Romana de Centum Cellas

Distrito: Castelo Branco
Concelho: Belmonte

Localização
Catraias da Torre (a 2,5 km de Belmonte na estrada nacional 18 para o Colmeal da Torre).
Tipo de Património
Núcleo Arqueológico
Classificação
Monumento Nacional
Proteção Jurídica
Decreto nº 14425 de 15-10-1927
Identificação Patrimonial
Conjunto
Tipologia original
Conjunto Edificado - Rural
Valor patrimonial
Valor Arqueológico, Valor Histórico, Valor Arquitectónico
Proprietário/Instituições responsáveis
Direcção Regional de Coimbra – IPPAR
Equipa Técnica
Dra. Helena Frade (responsável pela equipa de investigação)
Descrição

Trata-se de um conjunto relativo a uma antiga villa romana, em cujas escavações foram dadas a conhecer estruturas de antigas construções e um número muito significativo de peças. Os elementos construtivos organizavam-se em redor da torre que constituiria o edifício central da villa. Esta construção data do séc. I e mostra uma arquitectura simétrica com dois pisos elevados, tendo os estudos efectuados no piso térreo revelado que este incluia diversas divisões. O andar superior era constituído por uma grande sala e incluia uma varanda com telheiro. Um frontão de forma triangular encimava a entrada.
O espaço a que corresponde a villa foi ocupado durante largo período, tendo as maiores alterações surgido no séc. III, ocasião em que se terá verificado um incêndio que obrigou a modificações no esquema residencial. Uma descoberta interessante corresponde a uma sala absidial que se pensa ter sido utilizada como local de culto aos deuses protectores da residência. A corroborar esta hipótese estão sete aras ornamentadas com inscrições aos deuses. Entre o espólio encontrado contam-se vários numismas, alguns deles em ouro, cujas datas comprendem o período que vai do séc. I ao séc. IV, e grande quantidade de cerâmica comum e sigilata.
Infelizmente, a área da villa, designadamente a pars rústica que correspondia às casas dos escravos e trabalhadores, bem como a fromentária (correspondente aos celeiros e adegas), foram em grande parte destruídas pelos trabalhos de lavoura. As termas muito provavelmente também terão sido destruídas por estas razões.
Segundo os investigadores, esta villa seria propriedade de pessoa importante que vivia de rendimentos derivados da exploração do minério (estanho) bastante comum nesta zona.

Estado de Conservação
Intervenções e Restauros
Escavações realizadas desde 1993 pelo Instituto Português do Património Arquitectónico e Arqueológico (IPPAR).
Modo de funcionamento
É um recinto aberto e de entrada gratuita.
Telefone
+351 239 851 090 (DR
Fax
+351 239 829 787
Fonte de informação
CNC / Patrimatic
Bibliografia
JORNAL DO FUNDÃO, nº 2715 de 4 de Setembro de 1998

IDEM, nº 2716 de 11 de Setembro de 1998

LOPES, Flávio (coord.), Património Classificado - Arquitectónico e Arqueológico - inventário, vol. I, Lisboa, IPPAR, 1993.

Data de atualização
23/02/2011
Agenda
Ver mais eventos
Visitas
100,413,376