"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Museus, Bibliotecas e Arquivos

Museu do Canteiro

Distrito: Castelo Branco
Concelho: Castelo Branco

Tipo de Património
Museus, Bibliotecas e Arquivos
Proprietário/Instituições responsáveis
Tutelado pela Câmara Municipal de Castelo Branco e gerido pela ALBIGEC (Entidade Empresarial Municipal)
Descrição

MUSEU DO CANTEIRO EM ALCAINS
ARTE DA PEDRA

Por meados do século XX, um grande número de canteiros laborava nas pedreiras de todo o país. Só em Alcains havia cerca de 500.
Atualmente são poucos aqueles que resistem à mecanização da atividade. O custo da mão da obra, o apelo da emigração e a mecanização, entre outras razões, conduziram ao declínio da arte.

A vocação do Museu do Canteiro, em Alcains, assenta no estudo, na preservação e divulgação das práticas e vivências do trabalho do canteiro ao longo dos tempos, sem limites geográficos ou históricos. Os canteiros de Alcains são parte integrante da aventura civilizacional que é a relação do homem com a pedra.

Geralmente o canteiro chegava à pedreira muito novo, por volta dos nove anos. O seu dia começava logo ao nascer do sol e terminava quando deixava de haver luz natural.
A criança tornava-se aprendiz durante um mínimo de um ano, até que o encarregado o considerasse apto para se iniciar na arte de trabalhar com o cinzel. Os menos aptos ficavam como cortadores de pedra (cabouqueiros ou aparelhadores).
Nas pedreiras de menor dimensão, o canteiro dominava todo o processo de transformação da pedra.

Para além de uma certa mestria e destreza na concepção de cantarias, deveria saber cortar, aparelhar, bem como assentar a pedra, tarefa que, noutras circunstâncias, caberia aos pedreiros.

É esta alguma da história que conserva o Museu do Canteiro, ao longo de uma exposição de equipamentos recuperados e outrora utilizados pelos vários pedreiros de Alcains e de outras zonas do país.

A escolha do Solar Ulisses Pardal para receber este museu não aconteceu por acaso. A elaboração do trabalho da pedra que se verifica neste edifício, invulgar na sua composição interior e executivo, tornam-no um belo exemplar da aplicação do trabalho da cantaria.

A exposição desenvolve-se ao longo de um percurso que acompanha as fases da intervenção sobre a pedra com vista à produção de cantarias.
Mostram-se os utensílios mais antigos e tradicionais usados pelos canteiros no decurso das sucessivas operações e também as inovações na forma objeto, conduzindo ao seu abandono e substituição por maquinarias. O Museu mostra também imagens que documentam práticas e técnicas que conduzem à produção de formas ou à elaboração estética da pedra e dá conta dos traços fundamentais da evolução da atividade pétrea em Portugal. Integram ainda o circuito do Museu do Canteiro, a cozinha, cuja lareira e armários de parede, construídos em pedra aparelhada de grandes dimensões, são de destacar, assim como o varandim da capela que faz a ligação do Solar à capela anexa, atualmente denominada de São Brás, onde os habitantes da casa assistiam às cerimónias religiosas.

Modo de funcionamento

Terça a Sexta: 09h30 - 12h30 / 14h00 - 17h30
Sábado e Domingo: 14h30 - 18h30

Encerrado à Segunda-feira e nos seguintes feriados:
1 de janeiro, domingo de Páscoa, feriado municipal, 25 de abril, 1 de maio e 25 de dezembro

Morada
Rua das Fontainhas, 1
6005-057
Alcains
Telefone
(+351) 272 900 220
Fonte de informação
Jornal do Fundão
Bibliografia
in "Museus, espaços de memória"
revista integrante da edição do Jornal do Fundão do dia 6 de dezembro de 2012
Data de atualização
21/01/2014
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