Património Material
Templo da Maçonaria
O templo está instalado num antigo edifício do séc. XVII que o Grémio Lusitano transformou, no último quartel do séc. XIX, num belo palácio maçónico.
A Ordem da Maçonaria, que tem por lema: a Igualdade, a Liberdade e a Fraternidade, existe em Portugal desde o séc. XVIII, mas só em 1802 se constituiu numa Obediência portuguesa - Grande Oriente Lusitano (os maçons ou pedreiros-livres filiados no GOL são membros do Grémio Lusitano). Em 1888, o então Grão-Mestre, Elias Garcia, propôs que a antiga via do palácio, a Travessa do Guarda-Mor, se passasse a chamar Rua do Grémio Lusitano, vigorando este último topónimo até hoje.
O Grande Oriente Lusitano continua a ter a sua sede neste lugar, embora em determinadas alturas tivesse passado à clandestinidade, designadamente durante o Estado Novo, período em que o imóvel foi entregue à Acção Social e Política da Legião Portuguesa, tendo o edifício sido devolvido à Maçonaria em 1974.
Na sede funciona também o Museu Maçonico Português.
O palácio maçonico apresenta uma planta quadrangular e cobertura com telhados de 4 águas. O corpo do edifício encontra-se estruturado em três pisos, impondo-se a frontaria com um desenho equilibrado e simétrico onde se distribuem janelas de verga recta e de sacada. A entrada principal incorpora frontões (triangular e curvilíneo) que repousam sobre mísulas em forma de volutas.
No interior cabe destacar a ampla sala que serve de templo, com o auditório instalado ao longo dos alçados laterais e respectivos balções; de salientar a decoração inerente à simbologia maçónica.
Séc. XIX: trabalhos na cobertura do imóvel.
1875: aquisição do edifício pelo Grande Oriente Lusitano, para sede da Maçonaria.
SANTANA, Francisco e SUCENA, Eduardo (dir.), Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, Carlos Quintas & Associados - Consultores, Lda., 1994.