"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Património Material

Templo Romano de Évora

Distrito: Évora
Concelho: Évora

Tipo de Património
Património Material
Classificação
Monumento Nacional
Proteção Jurídica
10-01-1907, DG 136 de 16-06-1910
Identificação Patrimonial
Monumento/Edifício
Época(s) Dominante(s)
Romano
Estilo(s)
Romano
Proprietário/Instituições responsáveis
Departamento do Centro Histórico Património e Cultura da Câmara Municipal de Évora e IPPAR
Descrição

 

Templo do início do séc. III d. C., provavelmente erguido em honra de Júpiter, na acrópole de Évora, durante a vigência dos Imperadores Trajano ou Adriano, ambos de origem hispânica.

Embora as crónicas eruditas lhe atribuam a veneração de Diana, deusa da caça, os seus fundamentos e divindade são desconhecidos.

Foi destruído durante as perseguições contra o paganismo, decretadas a partir do Imperador Honório (395 d. C.).

No séc. XVIII, foi transformado em açougue público, função já anteriormente assinalada, em Janeiro de 1384, por altura da revolução popular a favor do Mestre de Avis. Durante a Idade Média foi convertido em torreão.

Em 1870, a Câmara Municipal decidiu, em colaboração com o diretor da Biblioteca Pública, Dr. Filipe Simões e dos escritores Alexandre Herculano, Viscondes de Castilho e de Juromenha, Vilhena Barbosa e Victor Bastos, retirar ao monumento os acrescentos e modificações que encobriam os elementos romanos originais, trabalho realizado pelo arquiteto italiano Cinatti. Assim, o templo recuperou a sua beleza primitiva, embora sem a cela, a arquitrave, o friso e algumas colunas.

O templo apresenta planta retangular, em estilo coríntio e do tipo hexastilo-perípetro, encontrando-se assente em sólido embasamento de opus incertum, donde rompe a colunata, de fustes estriados, greco-romanos, atualmente constituída por catorze colunas e a base de outra, em mármore e granito (a colunata da fachada desapareceu, mantendo-se somente as seis colunas da retaguarda e algumas das laterais).
O chão era pavimentado de mosaico mas, não restam quaisquer vestígios.

Escavações revelaram ter sido rodeado por um pórtico e espelho de água.

Intervenções e Restauros
Foi restaurado em 1870.
Modo de funcionamento
Local público
Morada
Largo do Conde de Vila Flor
7000
ÉVORA
Fonte de informação
CNC / Patrimatic
Bibliografia
ALMEIDA, José António Ferreira de (orientação e coordenação), Tesouros Artísticos de Portugal, Selecções do Reader's Digest, Lisboa, 1982.

ESPANCA, Túlio, Évora - Encontro com a Cidade, Câmara Municipal de Évora, Évora, 1988.

LOPES, Flávio (coord.), Património Classificado - Arquitectónico e Arqueológico - inventário, vol. I, IPPAR, Lisboa, 1993.

Data de atualização
13/10/2015
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