Património Material
Teatro Nacional de D. Maria II
A criação do Teatro Nacional e do Conservatório deve-se a Almeida Garrett, e tinha o objectivo de formar actores e promover a cultura na capital.
O Teatro em 1964 sofreu um terrível incêndio que destruiu por completo o seu interior, iniciando-se a sua reconstrução nos anos 70. O actual interior nada se assemelha com a anterior sala de espectáculos, que era branca com motivos dourados e possuia três ordens de camarotes e duas galerias; o tecto foi pintado por António Manuel da Fonseca e, posteriormente, por Columbano. O salão nobre estava sobre o átrio de entrada onde se encontravam as bilheteiras e um botequim.
A fachada do edifício resistiu ao incêndio, sendo da autoria do arquitecto Fortunato Logi. Apresenta um peristilo classicisante de seis colunas jónicas (provenientes da Igreja de S. Francisco) e um grupo escultórico de Apolo e as suas musas.
O novo edifício possui oficinas para a construção e montagem de cenários, tem um palco rotativo, e inclui ainda uma sala para espectáculos experimentais. A valiosa biblioteca e o arquivo estão instalados na cave. O actual nome de Teatro Nacional de D. Maria II é uma homenagem à raínha que tanto impulsionou peças teatrais nesse recinto.
SANTANA, Francisco e SUCENA, Eduardo (dir.), Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, Carlos Quintas & Associados - Consultores, Lda., 1994.