Património Material
Sé Catedral do Porto
A Sé Catedral, um dos monumentos mais antigos da cidade, remonta ao século XII, quando o Porto era um dos principais baluartes da Reconquista e da reorganização do território português. Apresenta características de Arte Românica de influência francesa e foi construído por mestres da região de Coimbra.
A fachada ostenta um corpo central enquadrado por duas torres, sendo o acesso exterior ao portal feito por escada simétrica cujos vãos da rampa são preenchidos por elementos decorativos; as formas destas esculturas românicas parecem ter inspiração no imaginário céltico da Europa. A rosácea gótica foi aberta no século XIV e o primitivo portal, assim como o remate das torres foram remodelados em 1722 e decorados com as composições barrocas que hoje apresentam. Na ilharga norte, abre-se uma monumental galilé, também barroca, mandada construir em 1776 com base nos planos do arquiteto Nasoni.
No interior das três naves com abóbada de berço quebrado, abre-se o coro alto. A capela-mor foi renovada no século XVII por iniciativa do bispo D. Frei Gonçalo de Morais e apresenta hoje uma ambiência barroca marcada pelo retábulo de talha (1727 e 1729) e pelos efeitos da pintura (1725). Aqui se encontram as relíquias de S. Pantaleão, padroeiro da cidade do Porto entre 1453 e 1981. Em todo este espaço interior, as formas construtivas medievais convivem com decorações e cenografias barrocas.
Do núcleo medieval preserva-se ainda o claustro velho que data da primitiva fundação e o claustro gótico construído nos séculos XIV e XV mas revestido de azulejaria barroca durante o século XVIII. A arcaria da galeria térrea foi mutilada e depois restaurada. As paredes desta quádrupla galeria estão cobertas por admiráveis painéis de azulejos de António Vital Rijarto, datados de 1727-1733. No período setecentista também foi construída a monumental escadaria de acesso à Sala do Capítulo onde se guardam as telas barrocas setecentistas do pintor italiano João Baptista Pachini.
A sacristia é um exemplar notável do período barroco com marcas de intervenção de Nicolau Nasoni nas pinturas murais e da abóbada.
Merecem ainda uma visita a Capela de S. João Evangelista, construída em estilo gótico e onde se localiza um dos mais notáveis exemplares de tumulária do século XIV que contem o túmulo de João Gordo, almoxarife do rei, e a Capela de S. Vicente, construída no final do século XVI para Panteão Episcopal por iniciativa do bispo D. Frei Marcos de Lisboa.
Igreja: 09h00 - 19h00 | Dia de encerramento: Natal e Páscoa (tarde)
Museu e Claustros: 09h00 - 18h30 | Dia de encerramento: Natal e Páscoa (tarde); Domingo e feriados religiosos (manhã)
Missa: 11:00h (diária)
Confissões: 10h00 - 11h00 (e sempre que o Capelão esteja disponível)