Património Material
Quinta das Campainhas, também denominada "Quinta do Beau-Séjour"
Situada numa área que ainda não há muito tempo era caracterizada por um vincado ruralismo, a quinta foi construída no século passado (1849) pela Viscondessa da Regaleira. Esta senhora de descendência britânica, comprou a antiga Quinta das Loureiras e mandou aí edificar esta casa, cuja arquitectura denuncia uma clara influência dos modelos românticos ingleses, bem como um jardim que se filia na mesma corrente.
Depois da sua morte, em 1858, a propriedade foi vendida no ano seguinte pela sua sobrinha, a Baronessa da Regaleira, ao Barão da Glória. Este aristocrata que tinha feito fortuna no Brasil, introduziu remodelações na casa, sendo dessa altura o revestimento azulejar das fachadas, com modelos de estampilha da Fábrica Viúva Lamego, bem como do lago. Falecido em 1876, novos trabalhos são efectuados pelos sobrinhos. É uma fase em que o embelezamento do palacete conta com alguns dos principais artistas nacionais da época, entre eles, os pintores: Francisco Vilaça, Columbano Bordalo Pinheiro e Maria Augusta Pinheiro, e o desenhador, escultor e ceramista, Rafael Bordalo Pinheiro. Cabe particular destaque o tecto da Galeria.
A classificação inclui a casa, jardins fronteiros e parte da Quinta até à curva de nível dos 80 m.
DIÁRIO DA REPÚBLICA, I Série-B, nº 56 de 6-3-1996.