Imóvel do séc. XVIII, construído por ordem de D. Maria Ferreira, para os Padres Jesuítas aí ensinarem Latim e Moral, primeiramente e, a partir de 1722, ensinarem também a ler e escrever.
Foi inaugurado em 1739 e funcionou até à expulsão dos Jesuítas de Gouveia, em Maio de 1759, pelo Marquês de Pombal.
Posteriormente, foi utilizado para recolha de freiras Franciscanas do Convento de Loreto de Almeida, durante as Invasões Francesas. Em 1809 foi utilizado para fins militares tendo sido transformado em quartel e hospital. Em 1839, por decisão de D. Maria II, funcionaram aqui os serviços do Tribunal da Comarca e a Cadeia pública. Foi depois comprado pela Câmara Municipal, onde actualmente funcionam os Paços do Concelho
Este edifício organiza-se simetricamente em relação a um corpo central, que terá sido ocupado por uma igreja, hoje inexistente. A fachada principal, virada a poente, é realçada pelo portal principal e dois laterais, que terão pertencido à referida igreja. O edifício organiza-se em torno de dois pátios interiores, ajardinados, presentemente comunicantes. Construído em boa cantaria de granito, com dois pisos, possui como estrutura um sistema de arcarias com fortes pilares de granito e abóbadas de arestas. A fachada principal assenta sobre um galeria executada em abobadilha de lajetas cerâmicas.
O edifício está abrangido pela Zona de Protecção aos edifícios públicos.

GUERRINHA, José, Conhecer Gouveia, Gouveia, 1985.

MOTA, Eduardo, Os Lanifícios e o Urbanismo de Gouveia, Instituto de História de Arte, Coimbra, 1985.