"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Património Material

Paço dos Duques de Bragança

Distrito: Braga
Concelho: Guimarães

Pa?o dos Duques de Bragan?a e Est?tua de D. Afonso
Tipo de Património
Património Material
Classificação
Monumento Nacional
Proteção Jurídica
16-06-1910, DG 136 ,de 23-06-1910 ZEP DG (II Série), n.º 170, de 23-07-1955
Identificação Patrimonial
Monumento/Edifício
Época(s) Dominante(s)
Moderno, Contemporâneo
Tipologia original
Arquitectura Doméstica - Paço
Valor patrimonial
Valor Histórico, Valor Artístico
Áreas Artísticas
Arquitectura Civil, Escultura, Pintura, Mobiliário, Cerâmica, Tapeçaria, Têxteis
Descrição

Construção mandada edificar, cerca de 1401, por D. Afonso, conde de Barcelos, filho bastardo de D. João I. O arquitecto das obras foi o francês Anton, que reflectiu neste paço a influência das edificações senhoriais normandas. Foi abandonado no séc. XVI devido à fixação dos duques de Bragança em Vila Viçosa. A sua fachada principal foi demolida no séc. XVII, sendo o paço restaurado em 1933. O edifício mostra uma mistura de elementos arquitectónicos, gótico-normandos, portugueses e lombardos. As quatro fachadas são reforçadas ao nível das cornijas por uma varanda de tipo lombardo. Outros aspectos são a forte inclinação dos telhados e as numerosas chaminés cilíndricas de tijolo. A entrada dá acesso a um claustro de estilo gótico, com quatro arcadas ogivais, sobre as quais, num alpendre, se pode ver o pórtico decorado da capela gótica. Podem ser vistas cópias das tapeçarias de Pastrana, expostas nas paredes do Salão dos Passos Perdidos; retratam o desembarque e o cerco de Arzila. Ainda nessa ala, podem admirar-se dois tapetes persas dos sécs. XV e XVII, mobiliário português do séc. XVII, e cerâmicas, entre outras, da Companhia das Índias. Digna de interesse é, também, a sala de armas. Na sala de banquetes salienta-se o tecto, mobiliário português, faianças orientais e, ainda, uma outra tapeçaria de Pastrana alusiva ao assalto da praça referida. A sala da copa exibe três tapeçarias flamengas, setecentistas, contadores de marfim e uma imagem quatrocentista, em pedra de Ançã. Na sala de jantar, mobiliário holandês, seiscentista e setecentista, uma tapeçaria de Gobelins, e vários quadros, uns da autoria de Recco, e outros atribuídos a Josefa de Óbidos. O salão de recepções, possui, também, uma tapeçaria da colecção de Pastrana, com a entrada de D. João I em Tânger. Esta divisão é preenchida com móveis e faianças seiscentistas e setecentistas. No quarto de dormir, destaca-se o tecto pintado, o mobiliário do séc. XVII e XVIII, e os tapetes árabes. A sala de Cipião e Aníbal, deve a sua designação, à representação das Guerras Púnicas, patente nas tapeçarias flamengas, do séc. XVII, ali expostas. A Sala de S. Miguel ostenta contadores de marfim, hispano-árabes, e uma imagem, em calcário, de S. Miguel Arcanjo. De realçar, por fim, na Sala de D. Catarina de Bragança, um retrato desta figura, e uma pintura de Josefa de Óbidos, com a representação do Cordeiro Pascal; do seu recheio faz parte, ainda, uma tapeçaria flamenga quinhentista.

Morada
Monte Latito ou Falperra, Oliveira do Castelo
4810-245
GUIMARÃES
Bibliografia
ALMEIDA, José António Ferreira de (coord.), Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, Selecções do Reader's Digest, 1982.

LOPES, Flávio (coord.), Património Classificado - Arquitectónico e Arqueológico - inventário, vol. I, IPPAR, Lisboa, 1993.

OLIVEIRA, Manuel Alves de, Guia Turístico de Portugal de A a Z, Lisboa, Círculo de Leitores, 1990.

Data de atualização
11/12/2006
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