Património Material
Paço de Anha
O Paço de Anha está estreitamente ligado aos trágicos acontecimentos de 1580, que resultaram na concentração das coroas de Portugal e Espanha nas mãos de Filipe II de Espanha. Com efeito, segundo alguns historiadores, terá sido neste lugar, numa primitiva casa rural pertencente a António Gonçalves Cabeças, irmão do capitão-mor dos extintos concelhos de Santo Estevão e Geraz, que D. António, prior do Crato, terá passado uma das noites nos longos meses em que andou fugido e perseguido por terras minhotas.
A actual casa, alvo de diversos restauros, alguns deste século, mantém ainda uma porta de arestas cortadas, da época quinhentista, que deverá ter pertencido à primitiva habitação. Na sua passagem por França, acompanhando o exílio do Prior do Crato, António Cabeças terá conhecido um fidalgo francês, de nome Miguel de Agorreta, acabando por o trazer para Portugal e casando-o com a sua filha Maria Ferreira. Terá sido na sequência deste casamento, que foi instituído o Paço de Anha, devendo-se ao filho do casal, João de Agorreta Ferreira, a reestruturação da casa e a construção da capela, já na primeira metade do séc. XVII. Mais tarde, esta família vai ligar-se por laços matrimoniais à família Alpuim de Viana do Castelo, curiosamente também tradicionalmente defensora da causa do Prior do Crato, sendo os descendentes desta união, os actuais proprietários do Paço de Anha, que aqui implementaram um projecto de turismo de habitação e revitalização das vinhas, criando uma marca que ostenta o nome deste Paço multisecular.
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Castelo de Santiago da Barra
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