"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Património Material

Palácio do Marquês de Tancos

Distrito: Lisboa
Concelho: Lisboa

Tipo de Património
Património Material
Classificação
Imóvel de Interesse Público
Proteção Jurídica
2/96, DR 56, de 06-03-1996
Identificação Patrimonial
Monumento/Edifício
Época(s) Dominante(s)
Moderna (Séc. XVI a XVIII)
Tipologia original
Arquitectura Doméstica - Palácio
Áreas Artísticas
Azulejaria
Descrição

Localizado na Costa do Castelo, é um dos edifícios quinhentistas que resistiram ao Terramoto de 1755.
A primitiva construção pertencia em 1593, ao primeiro conde de Castanheira, e nela residiu a família Ataíde. Nos começos do séc. XVII, serviu de habitação aos Condes da Atalaia, depois Marqueses de Tancos.
A sua massa arquitectónica é imponente e sóbria, ocupando a ampla fachada a íngreme calçada do Marquês de Tancos. Este extenso pano apresenta um paredão em cantaria aparelhada que decora o piso térreo de onde se abrem diversas portas (hoje lojas e armazéns, alteração dos meados do séc. XVIII).
O edifício apresenta uma regularidade na concepção construtiva, os três andares apresentam 15 janelas, apresentando as do segundo andar, parapeito. A unidade estrutural que está também presente na fachada Norte, é elegante e ligeiramente côncava, com empena e beiral idênticos aos da frontaria principal. O edifício é fornecido de angulosos pátios que dão acesso ao andar nobre (funcionando actualmente como Escola Primária).
No interior do Palácio há vários recintos com azulejos do final do séc. XVII, enquanto que no andar nobre os salões são ornamentados com painéis de azulejos setecentistas, figurando num deles as Armas dos Manuéis (primeiros proprietários da moradia senhorial). Dos restantes trabalhos em azulejaria distingue-se um conjunto de cinco painéis figurados do salão central pintados a azul cobalto, com cenas venatórias e motivos clássicos de decoração civil, dos quais o maior está assinado « R. M. Docotto Fecit », ou seja, obra executada por Raimundo do Couto (entre 1715 e 1718). Os azulejos do final do séc. XVIII são provenientes da Real Fábrica de Cerâmica do Rato.

Modo de funcionamento
Para mais informações por favor visite a página do Instituto Português do Património Arquitectónico www.ippar.pt
Morada
Calçada do Marquês de Tancos, 2 a 10, rua da Costa do Castelo, 23 a 27, São Cristóvão e São Lourenço
1100
LISBOA
Fonte de informação
CNC / Patrimatic
Bibliografia
ALMEIDA, D. Fernando de (dir.), Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Vol. V - Primeiro Tomo, Lisboa, Junta Distrital de Lisboa, 1973.

Data de atualização
03/12/2008
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