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Património Material

Palácio Távora - Galveias

Distrito: Lisboa
Concelho: Lisboa

Tipo de Património
Património Material
Identificação Patrimonial
Monumento/Edifício
Época(s) Dominante(s)
Moderna (Séc. XVII)
Tipologia original
Arquitectura Doméstica - Palácio
Valor patrimonial
Valor Arquitectónico, Valor Artístico
Estilo(s)
Maneirismo, Barroco
Áreas Artísticas
Arquitectura Civil, Azulejaria, Mármores
Uso atual
Biblioteca Municipal
Proprietário/Instituições responsáveis
Meados do séc. XVII até 1759 - Família Távora; 1801 - D. João Almeida de Melo e Castro, 5º Conde das Galveias; alguns anos mais tarde - Braz Simões; 1928 - Câmara Municipal de Lisboa.
Descrição

O Palácio Távora-Galveias, localizado na freguesia de S. Sebastião da Pedreira, é um dos exemplares mais significativos das residências nobres de Lisboa do séc. XVII, bem como da casa nobre portuguesa seiscentista.
Ao longo do tempo o Palácio conheceu vários proprietários. Mandado construir por um dos membros da família Távora em meados do séc. XVII para casa de campo, permaneceu na posse da família até 1759, sendo posteriormente confiscado pelo Estado. Em 1801 foi adquirido por D. João de Almeida de Melo e Castro, 5º Conde das Galveias, que executou obras de restauro. Alguns anos mais tarde foi a vez de Braz Simões, um capitalista lisboeta, comprar o palácio. Por fim, em 1928, o palácio vem à posse da Câmara Municipal de Lisboa, a qual instalou aí a Biblioteca Municipal.

Inicialmente, após a construção do palácio, a propriedade incluía uma quinta, que se expandia para sul-poente com grande extensão de parque e jardim. Atualmente, inserida na malha urbana de Lisboa e fazendo gaveto com a Rua do Arco do Cego e a Praça do Campo Pequeno, a propriedade ficou reduzida ao corpo do palácio e pequeno jardim, cuja entrada se faz por um portal à direita da fachada principal.

O edifício, de planta em forma de "U", de influência francesa, apresenta um rigor de traçado, bem como uma perfeita simetria. Esta planta inovadora em "U" resulta fechada pelo facto da propriedade ser murada, muro este onde se encontra o portão.

O pátio caracteriza-se por uma curiosa fenestração, por um portal e por um portão heráldico, ricamente trabalhado, de tipo maneirista, o qual está emoldurado por duas colunas caneladas com anéis envolventes. É, ainda, de realçar, sob o entablamento, o escudo heráldico de Lisboa, que veio substituir o brasão dos Melos e Castros.

A fachada norte é constituída por corpos laterais, nomeadamente as alas nascente e poente do palácio, ligadas por um muro e na qual se rasgam duas janelas.

O átrio, ou pátio nobre, apresentando uma quadra regular, caracteriza-se por um chão empedrado, de calçada à portuguesa, sendo o acesso na face do fundo feito por três portões com ornatos de cantaria e cinco janelas; destas últimas, três são centrais e apresentam uma pequena balaustrada, as restantes são rematadas por um motivo renascentista semicircular sob a forma de concha estilizada.

A fachada sul, sobre o jardim, é constituída por dois corpos laterais simétricos aos da frontaria, ligados entre si por um corpo central com terraço e balaustrada.

O caráter interior do edifício foi alterado profundamente, à exceção do átrio, com as obras realizadas entre 1929 e 1931, respeitando-se, no entanto, as linhas exteriores.

Assim, apesar de o palácio ter conhecido alterações evidentes na decoração e estrutura de algumas salas do andar nobre, o interior do palácio Távora-Galveias manteve elementos genuinamente seiscentistas, nomeadamente o átrio em rotunda com enorme arco abatido e teto de abóbada, bem como a escadaria desenvolvida em dois lanços curvos, laterais, no fundo do átrio. Esta escadaria encontra-se revestida com silhares de mármores de embrechados policromos, além de que em cada sobreporta interior de acesso à mesma encontram-se dois nichos de mármore rosa e branco. Pontuando o encontro dos dois lanços da escada, pode observar-se uma composição heráldica dos Melos e Castros, em brasão dividido por quartelas, que representam respetivamente as armas dos Almeidas, Galveias, Melos e Lobos.

Por sua vez, o salão nobre desenvolvido em meia-lua e articulado com a junção de cinco salas contíguas, apresenta o chão coberto de parquet e as paredes revestidas de painéis de azulejos modernos (Batistini, 1931). Trata-se, pois, de belo exemplar de uma arquitetura que se distinguiu pela sua forma lúdica e pelo tratamento autónomo de todos estes elementos, os quais explicam um conceito de universo e de espaço de representação social.

Intervenções e Restauros
1801: obras de restauro; 1929-1931: obras no interior do edifício.
Modo de funcionamento

Horário da Biblioteca
de terça a sexta-feira abre das 10H00 às 19H00
aos sábados e segundas abre das 13H00 às 19H00
Encerra: domingos, feriados e na última 4ª feira de cada mês (das 10H00 às 14H00).

Horário dos Serviços
Até às 18H30: Cartão de Utilizador; Marcação de PC. Fotocópias, impressões e digitalizações
Até às 18H45: Pedidos de documentos para consulta e empréstimo
Até às 18H50: Utilização de computadores. Empréstimo e devolução de documentos

Horário de verão
(16 julho a 15 setembro)
de segunda a sexta-feira das 11H00 às 18H00
Encerra: sábados, domingos e feriados

Horário dos Serviços
Até às 17H: Cartão de Utilizador
Até às 17H30: Marcação de PC. Fotocópias, impressões e digitalizações
Até às 17H45: Pedidos de documentos para consulta e empréstimo
Até às 17H50: Utilização de computadores. Empréstimo e devolução de documentos

E-mail serviço de Empréstimo: bib.galveias.emp@cm-lisboa.pt
E-mail serviço de Referência: bib.galveias.ref@cm-lisboa.pt

Transportes:
Metro: Campo Pequeno
Autocarro: 701, 736, 744, 749 e 756
Comboio: Entrecampos

Pontos de referência:
Estando na Av. João XXI, na direcção Areeiro, a biblioteca encontra-se do lado direito, antes da sede da Caixa Geral de Depósitos.
Estando na Av. João XXI, na direcção Av. Da República, a biblioteca encontra-se do lado esquerdo, depois da sede da Caixa Geral de Depósitos.

Morada
Campo Pequeno
1049-046
Lisboa
Telefone
21 780 30 20
Fonte de informação
CNC / Patrimatic
Bibliografia
FERREIRA, Fátima Cordeiro G.; CARVALHO, José Silva; PONTE, Teresa Nunes da (coord.), Guia Urbanístico e Arquitectónico de Lisboa, Lisboa, Associação dos Arquitectos Portugueses, 1987.

SANTANA, Francisco e SUCENA, Eduardo (dir.), Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, Carlos Quintas & Associados - Consultores, Lda., 1994.

Data de atualização
18/06/2014
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