Património Material
Palácio Pombal
Mandado edificar por Henrique José de Carvalho e Melo, segundo marquês de Pombal, aquando da instalação da Corte Real em Queluz para que, desse modo, pudesse estar próximo da residencia do monarca. É dominada pela contradição evidente entre o geometrismo dos ordenamentos das janelas, com a decoração limitada às carrancas e grinaldas que as encimam, e o pórtico de grandes proporções que eleva até à cornija o frontão ladeado por esculturas de Francísco Leal Garcia, rematado pelo brasão de armas dos Carvalhos. As janelas que coroam o edifício mantêm uma função decorativa mais que funcional, bem de acordo com um edifício onde acima de tudo se pretende mostrar o prestigio de uma família. Centro de toda a casa é o vestíbulo ovalado, de traça neoclássica, organizado em dois patamares limitados por gradeamento de ferro, onde se prolonga o jogo de formas circulares que domina no amplo espaço cuja iluminação é garantida pela claraboia rasgada no centro da cúpula. A decoração é feita à base de frescos com troféus, figuras alegóricas e flores. É um espaço perfeitamente teatral, palco simultaneo de prestígio e intimidade onde o jogo da alteridade se evidencia nas portas espelhadas que são, tambem elas, profundidade e consciência de limite. O mesmo espirito se prolonga nos salões pintados a "fresco". A azulejaria representa temas comuns na altura, como o eram as grinaldas, os medalhões o os jogos de mármores. A família Carvalho e Melo abandona a residência mesmo antes de terminada, sendo esta vendida posteriormente aos Palmela, estando actualmente na posse da Região Militar de Lisboa.