Património Material
Palácio Nacional da Ajuda
nstrução da primeira metade do séc. XIX. O primeiro projeto incluía um área bastante superior do que aquela que viria a ser efetivamente ocupada. Foram arquitetos desta construção Manuel Caetano de Sousa, José da Costa e Silva e Xavier Fabri. A edificação seria posteriormente, entre 1817 e 1844, orientada pelo arquiteto Francisco Rosa.
O Palácio, embora inacabado, é a mais vasta residência real portuguesa. Foi edificado para substituir o Paço Real desaparecido no terramoto de 1755. No contexto das transformações históricas que se verificaram em Portugal no século XIX (exílio da Corte no Brasil, guerra civil) foi sendo lentamente construído e decorado e irregularmente habitado até ao fim da monarquia em 1910. A Sala do Trono e a decoração do interior revelam o gosto decorativo neo-barroco, enquanto a arquitetura do edificio é neo-clássica.
O Palácio Nacional da Ajuda foi declarado Monumento Nacional pelo Decreto de 16 de junho de 1910. Durante as primeiras décadas do regime republicano dependia da Fazenda Pública, mantendo-se como palco para cerimónias oficiais e recebendo os visitantes que a Fazenda autorizava.
Em 1968 abriu ao público como casa-museu, e desde a década de oitenta, tem vindo a destacar-se como instituição museológica no panorama nacional e internacional.
A partir dos anos oitenta começou-se a proceder à reconstituição desta residência real, alicerçada em rigorosa investigação histórica. Desde 1996, com o programa “Uma Sala Um Mecenas” cujo objetivo é restituir ao palácio as decorações e ambientes à época de D. Luís, foram já reconstituídas, com o patrocínio de instituições privadas, nove salas do Palácio.
O edifício do Palácio Nacional da Ajuda não é, no presente, apenas a antiga residência real. Na ala norte do palácio estão instalados a Biblioteca da Ajuda (antiga biblioteca régia), a Galeria de Pintura do rei D. Luís I (concebida para a apresentação da coleção privada de pintura do soberano e atualmente sob a gestão direta da DGPC) e a Secretaria de Estado da Cultura. No quarto andar da ala sul está instalada a Direção Geral do Património Cultural.
Cenário dignificante das cerimónias protocolares de representação de Estado, o Palácio da Ajuda desempenhou sempre essa função desde os primeiros tempos até aos dias de hoje. É nessa condição que o Palácio Nacional da Ajuda continua a emprestar o seu brilho às cerimónias da Presidência da República, para além de constituir um dos mais importantes museus de artes decorativas do país.
No dia 16 de dezembro de 2014 foi adquirido pela Direção Geral do Património Cultura para o Palácio Nacional da Ajuda no Leilão da Cabral Moncada Leilões um centro de mesa que integrava a baixela de prata francesa da Casa Veyrat, presumivelmente encomendada pela casa real italiana para D. Maria Pia, por ocasião do seu casamento com o rei D. Luís I, em 1862.
O entro de mesa irá integrar a exposição permanente, recuperando o seu lugar ao centro da mesa da sala de jantar do Palácio em data a anunciar.
Palácio Real e Capela da Raínha
Restauro da Capela da Raínha, da Sala D. João IV.
Transportes
Carris: 18; 729; 732; 742; 60. CP (linha do Estoril): estação de Belém.
Como chegar
O Palácio da Ajuda situa-se no alto da Calçada da Ajuda, rua que liga a zona da Ajuda a Belém. O estacionamento é fácil nas imediações, nomeadamente no Largo da Torre a dois minutos do Palácio.
Horário
Das 10h00 às 18h00 (as salas começam a fechar a partir das 17h45)
Encerrado às 4ª feiras, 1 de janeiro, domingo de Páscoa, 1 de maio, 25 de dezembro.
Duração da visita:
A visita efectua-se em regime de circuito livre, com duração média de 1h45;
Existem folhetos informativos para consulta em cada sala em português e inglês.
Ingressos:
Palácio Nacional da Ajuda — 5,00 €;
Bilhetes Circuito (vouchers com duração de 1 ano a partir da data de emissão):
Bilhete Calçada Real: Palácio Nacional da Ajuda e Museu Nacional dos Coches — 7,50 €
Isenções e Descontos:
Isenções
Domingos das 10h às 14h para visitas individuais ou grupos, até 12 pessoas inclusive;
Crianças e jovens até aos 12 anos, inclusive;
Visitantes em situação de desemprego residentes na União Europeia*;
Investigadores, conservadores, restauradores, profissionais de museologia e/ou património em exercício de funções*;
Membros do ICOM, ICOMOS e APOM*;
Jornalistas em exercício de funções, mediante comunicação prévia*;
Professores e alunos de qualquer grau de ensino, incluindo Universidades* Sénior ou de 3.ª Idade, quando comprovadamente em visita de estudo e mediante marcação prévia confirmada pela Direção do Palácio, Museu ou Monumento*;
Grupos credenciados de Instituições Portuguesas de Solidariedade Social ou de Áreas de Ação Social de Autarquias ou outras Instituições de Interesse Público mediante autorização prévia da Direção da DGPC*;
Membros de Associações Culturais*;
Voluntários em exercício na DGPC e 1 acompanhante*;
Visitantes com mobilidade reduzida e 1 acompanhante.
* Mediante apresentação de documentação.
Descontos:
Visitantes com idade igual ou superior a 65 anos — 50%*;
Cartão de Estudante — 50%*;
Cartão Jovem — 50%*;
Bilhete Família (a partir de 4 elementos com ascendência e descendência em linha reta, ou equivalente, comprovado legalmente) — 50%* ;
Aquisições superiores a 250 bilhetes por tipologia e com antecipação mínima de 48h — 7,5%;
Aquisições superiores a 500 bilhetes por tipologia e com antecipação mínima de 48h — 10%;
Aquisições superiores a 1000 bilhetes por tipologia e com antecipação mínima de 48h — 15%;
Protocolos com entidades terceiras — 20%.
* Mediante apresentação de documentação.
LOPES, Flávio (coord.), Património Classificado - Arquitectónico e Arqueológico - inventário, vol. II, Lisboa, IPPAR, 1993.
Idem, Património Arquitectónico e Arqueológico - Informar para Proteger, Lisboa, IPPAR, 1994.