"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Património Material

Palácio Foz, Palácio Castelo Melhor

Distrito: Lisboa
Concelho: Lisboa

Tipo de Património
Património Material
Classificação
Imóvel de Interesse Público
Proteção Jurídica
516/71, DG 274, de 22-11-1971, ZEP DR (I Série-B), n.º 228, de 01-10-1996, portaria n.º 529/96
Identificação Patrimonial
Monumento/Edifício
Época(s) Dominante(s)
Moderna, Contemporânea
Tipologia original
Arquitectura Doméstica - Palácio
Valor patrimonial
Valor Arquitectónico, Valor Artístico, Valor Plástico
Uso atual
Secretaria de Estado do Turismo
Descrição

A construção do Palácio foi iniciada no séc. XVIII (pelo Conde Castelo Melhor) tendo sido terminada nos meados do séc. XIX, razão pela qual o Palácio apresenta vários estilos arquitectónicos. Assim, verificamos uma fachada setecentista de influência do «gosto novo» italiano, e um interior com características da decoração «revivalista» em voga ao longo da segunda metade do séc. XIX.
Em 1889 o Palácio foi vendido ao primeiro Marquês da Foz sendo desde então conhecido por Palácio Foz. Nessa época a residência dos Marqueses da Foz era afamada em Lisboa pelo seu luxo e requinte.
Ao longo do séc. XX foi sucessivamente vendida e teve diversas utilizações, entre elas, funcionou como salão cinematográfico «Central», como «Salão Foz», como Teatro de variedades e revista, e ainda, como «Restaurante Abadia».
Em 1939 foi considerado Património Nacional e em 1945 foi restaurado sob a Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (projecto do Arquitecto Luis Benavente que não só resconstruiu o Palácio como também os antigos jardins). Actualmente o Palácio Foz é uma dependência do Secretariado Nacional da Informação e Cultura Popular, conservando intacta a sua frontaria.
A fachada destaca-se por dois corpos laterais simétricos, por um portal nobre ladeado de colunas de mármore e respectivo frontão com um conjunto escultórico da autoria de Simões de Almeida (tio), tendo o tímpano esculpidas as armas dos Marqueses da Foz.
O interior do Palácio encontra-se em bom estado de conservação e é composto por : átrio revestido de painéis de azulejos setecentistas; vestíbulo com quatro colunas de mármore; uma escadaria ao gosto de Luis XIV, com três lances de escadas cujas paredes se revestem de mármore branco e bronze fosco, dourado e aço polido. Nestas paredes encontram-se ainda baixos-relevos em alabastro emoldurado em mármore negro. No topo da escadaria encontra-se a galeria com quatro alas, a sala do fogão, a sala dos espelhos, a sala Luis XVI, a sala de jantar e a galeria dos bustos.
O Palácio Foz está recheado de património artístico: tapeçarias, painéis da escola flamenga do séc. XVII, faianças portuguesas do séc. XVIII e porcelanas chinesas.
Existe ainda uma importante Biblioteca que contém a Livraria Duarte de Sousa e a Biblioteca Dulce Ferrão. A Livraria Duarte de Sousa é Património Nacional desde 1951 e é constituída por 2500 obras dos séculos XVI a XVII. Nessa colecção destacam-se três incunábulos de grande valor, uma colectânea de manuscritos sobre a Casa de Sabóia dos séculos XVI e XVII, edições notáveis dos três últimos séculos, despachos de Napoleão, cartas de Wellington e a anulação do casamento de D. Afonso VI. A Biblioteca Dulce Ferrão contém mais de 26000 volumes, fundamentalmente sobre literatura e história política de Portugal.
A abadia do Palácio Foz subsistiu até hoje e está dividida em três partes: o claustrum, o refectorium e as "celas" que são pequenas dependências do claustrum carregadas de elementos decorativos.

Modo de funcionamento
Para mais informações por favor visite a página do Instituto Português do Património Arquitectónico www.ippar.pt
Morada
Praça dos Restauradores, nº 25 a 45, Santa Justa
1250
LISBOA
Fonte de informação
CNC / Patrimatic
Bibliografia
LOPES, Flávio (coord.), Património Classificado - Arquitectónico e Arqueológico - inventário, vol. II, Lisboa, IPPAR, 1993.

ATAÍDE, Carlos Schneeberger, Palácio Foz, Direcção-Geral da Divulgação, Lisboa, abril, 1984.

Data de atualização
19/11/2008
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