Património Material
Padrão dos Descobrimentos
A ideia que sustentou a construção do Padrão dos Descobrimentos foi a necessidade de criar um monumento que homenageasse as grandes figuras portuguesas, especialmente as dos Descobrimentos e que assim viesse a simbolizar a partida das caravelas do rio Tejo.
O monumento foi inaugurado em 1949 por altura da Exposição do Mundo Português e em 1960 foi construído definitivamente em pedra e transferido para a margem do rio, junto à Praça do Império. Nesse mesmo ano foi desenhado no pavimento perto do Padrão uma Rosa-dos-Ventos em mármore para celebrar o V Centenário da morte do Infante D. Henrique.
Na génese do projecto está um grupo artistas entre os quais se destacam os engenheiros Duarte Pacheco e Leitão de Barros, o escultor Leopoldo de Almeida e o arquitecto Cottinelli Telmo.
O Padrão dos Descobrimentos tem 50m de altura por 20m de largura e 46m de comprimento, ocupando uma área de 695m², atingindo as estacas das fundações 20m de profundidade. O monumento é simultaneamente uma obra arquitectónica e escultórica, que nas suas linhas gerais apresenta a estrutura de uma caravela, de proa virada para o rio, com 16 figuras, de cada lado, e o Infante D. Henrique como figura principal ao centro. Das 33 figuras representadas 32 têm 7m de altura e a do Infante D. Henrique atinge 9m de altura. Na rampa do lado esquerdo encontram-se as figuras de Cristóvão da Gama, S. Francisco Xavier, Afonso de Albuquerque, António de Abreu, Diogo Cão, Bartolomeu Dias, Estêvão da Gama, João de Barros, Martim Afonso de Sousa, Gaspar Corte Real, Nicolau Coelho, Fernão de Magalhães, Pedro Alvares Cabral, Afonso Baldaia, Vasco da Gama, D.Afonso V. No lado direito podem ver-se as esculturas do Infante D. Fernando, Gonçalves Zarco, Gil Eanes, Pero de Alenquer, Pedro Nunes, Pedro Escobar, Jacome de Maiorca, Pero da Covilhã, Eanes de Azurara, Nuno Gonçalves, Luís de Camões, Frei Henrique de Carvalho, Frei Gonçalo de Carvalho, Fernão Mendes Pinto, D. Filipa de Lencastre e Infante D. Pedro. O monumento compõe-se ainda de três velas e sobre elas ergue-se um paredão decorado nas suas faces laterais pelas armas de Portugal da época das grandes Descobertas marítimas. A toda a altura do lado posterior do padrão e sobre a entrada salienta-se uma espada com um punho em Cruz de Avis, simbolizando a força das armas aliada à Fé Cristã. No interior existe um pequeno auditório e um elevador que permite o acesso a um terraço-miradouro aberto ao público.