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Património Material

Museu Militar, Museu de Artilharia, Arsenal Real do Exército

Distrito: Lisboa
Concelho: Lisboa

Tipo de Património
Património Material
Classificação
Imóvel de Interesse Público
Proteção Jurídica
45 327, DG 251, de 25-10-1963
Identificação Patrimonial
Monumento/Edifício
Época(s) Dominante(s)
Moderna (Séc. XV a XVIII)
Uso atual
Museu Militar
Descrição

O Museu Militar localiza-se na zona ribeirinha junto ao Tejo no Paço da Ribeira, no edifício erguido no local onde existiram as Tercenas das Portas da Cruz. D. Manuel I mandou construir este conjunto de oficinas com depósito e cais acostáveis em resposta a necessidades de fundição e armazenamento de material de guerra.

Em 11 de Julho de 1726, as instalações foram destruídas por um incêndio, sendo a sua reedificação interrompida com o terramoto de 1755. Em 1760 reiniciou-se a construção do edifício onde viria a funcionar o Real Arsenal do Exército. Entre 1842 e 1847, o general Barão de Monte Pedral fundou num edifício militar do Campo de Santa Clara, a Fundição de Cima, um museu de artigos e troféus militares que foi designado por Museu de Artilharia. No ano de 1851 deu-se o seu reconhecimento oficial e a sua transferência para a Fundição de Baixo, atual sede do Estado-Maior do Exército, viria a concretizar-se em 1876. O museu ficou patente ao público, desde 1877, no local da atual Biblioteca do Exército.

As dependências do Arsenal do Exército foram adaptadas às funções do museu, nomeadamente com o melhoramento de cinco salas do séc. XVIII, decoradas com talhas e pinturas de vários artistas da época: António Caetano da Silva, Bruno José do Vale, António dos Santos Joaquim e Pedro Alexandrino; e artistas dos finais do séc. XIX e princípios do séc. XX, como Columbano, Condeixa, Veloso Salgado, Malhoa, Carlos reis, entre outros. Nos finais do séc. XIX o acervo do museu era constituído por um número considerável de exemplares de armas brancas, de troféus de guerra, bandeiras e estandartes regimentais, coleções de armas de fogo, espingardas e pistolas, de canhões de ferro e de bronze dos finais do séc. XIV.

O Museu Militar adquiriu esta designação em 21 de Agosto de 1926. O crescimento das coleções conduziu à expansão do museu para as salas da Grande Guerra, D. Carlos, Mouzinho de Albuquerque, Aljubarrota, Ultramar, Mestres de Fundição, Sala de Artilharia e Pátio de Canhões.

O edifício tem planta retangular e os compartimentos distribuem-se em torno de um pátio quadrado interior que ficou conhecido por Pátio de Artilharia. As salas estão dispostas em dois pisos - térreo e nobre -, sendo as suas designações referentes aos períodos e áreas geográficas relativas aos objetos que aí estão expostos.

No alçado principal oeste, de três pisos, destaca-se o portal, as janelas de emolduramento em calcário e o remate superior em platibanda; no lateral sul impõe-se a arcada assente em colunas de ordem compósita , delimitada lateralmente por pilares de secção quadrada. No alçado este, encontra-se um portal cercado por colunas de capitéis coríntios e encimado por um frontão onde se inscreve um grupo escultórico alegórico da autoria de Teixeira Lopes. Os cunhais do museu mostram figuras de guerreiros, em bronze. A cantaria e as superfícies rebocadas, pintadas num tom de amarelo luminoso imprimem-lhe uma alternância cromática distinta.

A coleção de peças expostas é representativa da evolução do material de guerra e de armaria, portuguesa e estrangeira, desde o séc. XIV e XV, até a décadas recentes, e das campanhas militares em que Portugal participou.

Morada
R. Museu da Artilharia, 51
1100-366 Lisboa
Telefone
(+351) 218 842 453
Fonte de informação
CNC / Patrimatic
Bibliografia
LOPES, Flávio (coord.), Património Classificado - Arquitectónico e Arqueológico - inventário, vol. II, Lisboa, IPPAR, 1993.

SANTANA, Francisco e SUCENA, Eduardo (dir.), Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, Carlos Quintas & Associados - Consultores, Lda., 1994.

Data de atualização
24/11/2023
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