Também denominado "Casas dos Morgados Cordovil" foi, originalmente, habitado por um fidalgo da família de D. Francisco de Almeida, 1º Vice-Rei da Índia, no início do séc. XVI (escudo de armas gótico, na abóbada nervurada da sala térrea).
No séc. XVII pertenceu ao escritor Manuel Severim de Faria, chantre da Catedral, que aí instituiu a Academia dos Ambientes . No século seguinte, pertenceu ao cónego doutoral António Rosado Bravo, tendo-se tornado famoso devido ao elegante perfil do seu mirante.
A construção consiste num mirante em estilo manuelino-mudéjar, torreado, com planta rectangular, constituído por dupla arcada de mainéis, arcos de ferradura, ultrapassados, delicados fustes de capitéis exóticos, em mármore, com nítida influência árabe, sendo rematado por um coruchéu. As bases das colunas são, igualmente, em mármore. O balcão, assim como o muro interior do jardim, tem ameias chanfradas.

LOPES, Flávio (coord.), Património Classificado - Arquitectónico e Arqueológico - inventário, vol. I, IPPAR, Lisboa, 1993.