Património Material
Livraria Lello & Irmão
Inaugurada já no século XX, em 1906, esta livraria causou grande agitação no meio cultural portuense, apesar de ser o local da anterior livraria que aí funcionou até 1869, a Livraria Chardron. Terão comparecido na inauguração nomes como Guerra Junqueiro, José Leite de Vasconcelos e Afonso Costa.
O edifício neogótico deve-se ao Eng.º Xavier Esteves e é completamente distinto dos que o rodeiam com realce para o grande arco abatido da entrada e, no piso superior, as três janelas ladeadas por duas figuras representando a Arte e a Ciência, da autoria de José Bieldman.
No requintado interior também neogótico, destaca-se a magnífica escadaria em madeira trabalhada.
Podem ainda ver-se os bustos esculpidos por Romão Junior de alguns dos grandes escritores portugueses do século XIX: Camilo Castelo Branco, Guerra Junqueiro, Antero de Quental, Júlio Dinis, Almeida Garrett e Eça de Queirós.
No teto de vitral da Livraria observa-se desenhado o emblema editorial da Lello.
Em setembro de 2013 foi classificada como monumento de interesse público
A portaria assinada pelo secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, defende que a livraria da Rua das Carmelitas é “um autêntico santuário das artes editoriais e livreiras”.
As razões para a classificação são condensadas num parágrafo curto: "A Livraria Lello & Irmão apresenta-se como um dos mais importantes edifícios da arquitetura eclética portuguesa, integrando marcenarias e vitrais sem paralelo no país. Ao seu valor arquitetónico e artístico acresce a importância cultural que tem assumido de forma contínua ao longo do tempo, bem como o seu excelente estado de conservação, a autenticidade e exemplaridade da estrutura e da decoração, e a merecida fama internacional de que desfruta".
Identificada como uma das mais belas livrarias do mundo, a Lello continua de portas abertas, recebendo diariamente inúmeros turistas.
Sábado: 10h00 - 19h00