"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Património Material

Igreja do Mosteiro de S. Salvador de Paço de Sousa

Distrito: Porto
Concelho: Penafiel

Tipo de Património
Património Material
Classificação
Monumento Nacional
Proteção Jurídica
Decreto de 16-6-1910; Boletim nº 17 da D.G.E.M.N.
Identificação Patrimonial
Monumento/Edifício
Época(s) Dominante(s)
Medieval
Tipologia original
Arquitectura Religiosa - Igreja
Valor patrimonial
Valor Artístico, Valor Histórico
Estilo(s)
Românico
Áreas Artísticas
Arquitectura Religiosa, Escultura
Uso atual
Local de Culto
Descrição

 

Antigo mosteiro beneditino, na origem misto, de tipo familiar, cuja fundação é anterior a 994, sendo atribuída a Tructesendo Galindes.

Sagrada em 1088, a igreja passou por várias fases construtivas ao longo dos séculos XII, XIII e XIV, com mudanças no programa construtivo e soluções arquitectónicas de cronologia diversa.
Encontram-se ainda alguns elementos do templo pré-românico reaproveitados na igreja e espalhados pelo claustro, que marcam a existência do templo fundado pelos patronos do mosteiro, nomeadamente fragmentos de frisos, impostas e colunelos com decoração vegetalista.
A fase mais recuada do edifício românico está patente no portal axial virado a Poente, onde a cachorrada arcaica e a decoração dos capitéis remete para finais do século XII e princípios do seguinte.

A igreja apresenta um corpo dividido em três naves de três tramos, atravessadas por um pequeno transepto e arco-diafragma, para onde se abrem as capelas laterais da cabeceira, obra já dos princípios do século XIV, inspirada na arquitectura mendicante de feição goticizante. Na fachada Sul da igreja desenvolve-se o claustro barroco.
Nesta igreja encontra-se o túmulo de Egas Moniz de Ribadouro, o "Aio" de D. Afonso Henriques, patrono do mosteiro. É talvez o exemplo mais representativo dos edifícios românicos classificados como Monumento Nacional no município de Penafiel, e no contexto da arquitectura românica da bacia do Sousa e Baixo Tâmega, tido como modelo padronizador do românico nacionalizado.
Após o grande incêndio que destruiu o interior do templo em 1927, a intervenção levada a cabo pela D.G.E.M.N. retirou-lhe todos os elementos renascentistas e barrocos presentes.

Morada
Largo do Mosteiro, Gamuz
4560
Penafiel
Fonte de informação
Câmara Municipal de Penafiel
Bibliografia

LOPES, Flávio (coord.), Património Classificado - Arquitectónico e Arqueológico - inventário, vol. II, Lisboa, IPPAR, 1993.

Data de atualização
27/07/2010
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