Património Material
Igreja de Santo Agostinho
A Igreja de Santo Agostinho era, em princípio, uma pequena ermida, habitada por dois ou três eremitas, rodeada de uma vasta vinha, localizada entre as actuais Ruas da Carneira e Escalatrim. Como a povoação foi aumentando, em extensão e população, impunha-se a existência de outra igreja, razão porque Filipe III, sendo "Rei deste Reino" mandou erigir, no ano de 1594, uma capelinha de abóbada, com telha vã, mas já com carácter de templo paroquial. Continuando a terra a crescer, o Padre Tomé Martins Presbitero, natural de Moura, pôs em práctica, junto de "pessoas zelosas", uma campanha de fundos para a construção de uma igreja maior. Reunidos, em quatro anos, 200.000 réis e a oferta do retábulo, tribuna e ornamentos, as obras principais principiaram em Julho de 1680 e, em Outubro do ano seguinte, embora sem a igreja estar completamente concluída, já recebeu o Santíssimo Sacramento e celebrou os primeiros ofícios religiosos. Com o passar dos anos e pelo mau estado de conservação, foi profanada e parte demolida para embelezamento daquele sítio; tendo-se antes feito em 1873 a trasladação das imagens para a Igreja de Nossa Senhora da Glória (actual Igreja de Santo Agostinho). Apresenta uma frontaria muito simples, embora um tanto curiosa, com três janelas, sobre o portal, dispostas em triângulo, rematadas por um campanário de dois sinos.