Igreja de raiz românica, edificada provavelmente no séc. XIII; é atribuida aos Templários a sua fundação, e teve anexo um mosteiro, outrora pertença dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Apresenta um frontispício, com uma rosácea poliocular e, sob esta, um portal de quatro arquivoltas, assentes em colunelos com capitéis esculpidos. Lateralmente, em ângulo recto, está a torre sineira, encimada por ameias; cada uma das faces, no andar superior, possui duas aberturas para os sinos. De salientar, também, a porta lateral sul, com capitéis trabalhados, em que, dois deles, representam figuras humanas. A nave, de assinaláveis dimensões, é delimitada por um arco triunfal que é suportado por quatro colunas e capitéis com motivos zoomórficos e geométricos. Na capela-mor são dignos de realce os quadros, imagens e talha, e ainda, a cobertura de caixotões.

LOPES, Flávio (coord.), Património Classificado - Arquitectónico e Arqueológico - inventário, vol. I, IPPAR, Lisboa, 1993.

OLIVEIRA, Manuel Alves de, Guia Turístico de Portugal de A a Z, Círculo de Leitores, (Lisboa), 1990.