Património Material
Igreja de Santa Maria da Graça
De origem romano-gótica, possivelmente do séc. XIII, esta catedral foi completamente reconstruída em meados do séc. XVI, em estilo clássico, segundo traça de António Rodrigues. É nesta igreja que o bispo de Setúbal celebra todos os ofícios religiosos.
A fachada maneirista é antecedida por uma galilé, com o pórtico "serliano" entre duas robustas torres sineiras separadas por terraço ameado. No interior, de três naves, salientam-se doze colunas da ordem toscana com pinturas a fresco de finais de setecentos, o tecto da segunda metade do séc. XVIII, os altares colaterais e do Santíssimo e a capela-mor em "estilo nacional" - trabalho em talha dourada , de 1697, da autoria do mestre José Rodrigues Ramalho. De referir ainda os retábulos com boa pintura quinhentista, uma imagem de Cristo trabalhado em marfim, seiscentista, as esculturas em madeira, de Santa Ana com Nossa Senhora, a azulejaria azul e branca com molduras rococó policromas representando cenas da vida da Virgem e a custódia em prata dourada, setecentistas. Nesta igreja encontra-se o Panteão dos Vasconcelos Cabedos.
ALMEIDA, José António Ferreira de (orientação e coordenação), Tesouros Artísticos de Portugal, Selecções do Reader's Digest, Lisboa, 1982.
DUARTE, Ana e ABREU, Maurício, Igrejas e Capelas da Costa Azul, Setúbal, Região de Turismo da Costa Azul, 1993.
LOPES, Flávio (coord.), Património Classificado - Arquitectónico e Arqueológico - inventário, vol. III, Lisboa, IPPAR, 1993.
ROTEIRO CULTURAL DA CIDADE DE SETÚBAL - SETÚBAL CULTURAL, Setúbal, Câmara Municipal de Setúbal, 1994.