Património Material
Igreja de Santa Engrácia, Panteão Nacional
O monumento de estilo barroco italianizante é representativo dos mais conseguidos valores estéticos dos finais de seiscentos.
A igreja apresenta uma originalidade na planta - a configuração octogonal é centrada por uma cruz grega de topos arredondados, inscrevendo-se num quadrado formado por quatro torreões.
Exteriormente apresenta-se-nos uma construção toda de cantaria aparelhada com quatro fachadas simétricas, cada uma com um corpo curvilíneo central, cuja ligação aos corpos quadrangulares, que ocupam os vértices, se faz por uma concavidade profunda. A fachada principal do edifício ocupa a face poente, onde foram abertos, no corpo curvilíneo central, três arcos de volta perfeita que dão acesso ao vestíbulo. Os arcos são divididos por quatro colunas dóricas, sustentando a cimalha que separa a fachada em dois andares. Sobre a cimalha foram colocados quatro botaréus, de modo a reforçar a abóbada.
No vestíbulo destaca-se o portal de acesso ao corpo da igreja, este é ladeado por colunas espiraladas de mármore rosado.
O interior encontra-se completamente revestido por mármore policromo. Uma rotunda forma o centro de quatro nichos onde se abriram uma série de capelas, divididas por pilastras com capitéis compósitos.
A construção da cúpula com tambor, o lajeamento, a colocação de esculturas nos nichos e urnas de mármore viriam a ser preconizadas já na modernidade.
A Igreja de Santa Engrácia em meados da década de sessenta (1966) foi inaugurada como Panteão Nacional, dando-se então a transferência dos túmulos dos Poetas, Escritores e Presidentes da República que se encontravam nos Jerónimos, formando-se o Panteão dos Escritores e o Panteão dos Presidentes, cada um correspondente a um torreão.
Na igreja encontram-se os túmulos de João de Deus, Almeida Garret, Guerra Junqueiro, Óscar Carmona, Sidónio Pais e Teófilo Braga, bem como os cenotáfios do Infante D. Henrique, Nuno Álvares Pereira, Afonso de Albuquerque, Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral e Luís de Camões.
Horários
outubro / março
De terça a domingo das 10h00 às 17h00 (última entrada às 16h40).
abril / setembro
De terça a domingo: das 10h00 às 18h00 (última entrada às 17h40)
Encerrado: segunda – feira; 1 de janeiro, domingo de Páscoa, 1 de maio, 13 de junho e 25 de dezembro.
A entrada no monumento é acompanhada de um conjunto de regras e medidas que, de acordo com as orientações da Direção-Geral da Saúde e recomendações da Direção-Geral do Património Cultural, visam salvaguardar a segurança de colaboradores e visitantes.
A gestão da admissão e circulação de visitantes será realizada de forma a garantir a lotação recomendada nos diferentes espaços.
A aplicação destas medidas, que serão atualizadas sempre que necessário, visa proporcionar uma visita segura e agradável ao Panteão Nacional, pelo que agradecemos a colaboração de todos.
Bilhete normal: 8,00 €
ALMEIDA, José António Ferreira de (coord.), Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, Selecções do Reader's Digest, 2ª reimpressão, Junho de 1982.
RODRIGUES, José Armando, COSTA, José Lino, MAGALHÃES, Maria Filomena de, ANGÉLICO, Maria Manuel, Oásis Alfacinhas Guia Ambiental De Lisboa, Lisboa, Verbo, 1998.
MOITA, Irisalva (coord.), O Livro de Lisboa, Lisboa, Livros Horizonte, 1994.