Património Material
Igreja de S. Julião, Matriz de Setúbal
Fundação (por pescadores) de finais do séc. XIII, foi reconstruída por diversas vezes, devido a tremores de terra - as respectivas obras alteraram-lhe a traça original e realizaram-se em 1513, por indicação de D. Manuel I, e no séc. XVII; contudo os maiores danos ocorreram no séc. XVIII, após o terramoto de 1755, tendo sido novamente reconstruída já no reinado de D. Maria I. Conserva do período de quinhentos, na fachada principal e lateral, dois portais manuelinos (um dos quais magnífico). No interior, de três naves, salientam-se a talha e a decoração com silhares de azulejos azuis, setecentistas, narrando a vida de S. Julião, com moldura policroma em estilo Rococó (estes últimos foram custeados pelos pescadores de Setúbal). Destaque ainda, para uma pintura sobre madeira, dos Primitivos Portugueses, representando «A Criação do Homem», cuja autoria se atribui a Gregório Lopes; e para a imagem em madeira estofada, quinhentista, representando Nossa Senhora das Tranças e, também, a ourivesaria do período barroco.
DUARTE, Ana e ABREU, Maurício, Igrejas e Capelas da Costa Azul, Setúbal, Região de Turismo da Costa Azul, 1993.
LOPES, Flávio (coord.), Património Classificado - Arquitectónico e Arqueológico - inventário, vol. III, IPPAR, Lisboa, 1993.
ROTEIRO CULTURAL DA CIDADE DE SETÚBAL - SETÚBAL CULTURAL, Setúbal, Câmara Municipal de Setúbal, 1994.
ROTEIRO TURÍSTICO DO CONCELHO DE SETÚBAL - SETÚBAL TURÍSTICO, Setúbal, Câmara Municipal de Setúbal, 1994.
SETÚBAL (Folheto), Região de Turismo da Costa Azul, [s.d.].