Trata-se de um edifício do séc. XVI, fundado pouco antes de 1524 como Comenda da Ordem de Avis. A igreja mantém a estrutura e perfil característicos de uma reforma estrutural do período seiscentista acrescida de elementos ornamentais do séc. XVIII; da reforma do séc. XVII é a galilé, o corpo da nave (rectangular) e o seu revestimento de azulejos policromos (1660). A frontaria tem pilastras e aspecto popular, compondo-se de uma empena com um óculo quadrifoliado, sobrepujado por frontão com enrolamento, de 1749, e acrotérios de fogaréus piriformes de alvenaria. No interior encontram-se azulejos, pinturas e esculturas, assim como bordados, tendo uma colecção de fatos de procissão da Senhora de Brotas bordados a ouro. Ainda conserva o cruzeiro, em estilo manuelino, de mármore, assim como várias esculturas.

LOPES, Flávio (coord.), Património Classificado - Arquitectónico e Arqueológico - inventário, vol. I, Lisboa, IPPAR, 1993.

MESTRINHO, Anastásia, SANTOS, Margarida Almeida, SALGADO, Abílio José, O Culto de Nossa Senhora de Brotas e a respectiva Igreja, Edição da Câmara Municipal de Mora, Mora, 1987.