Património Material
Igreja Paroquial de Santiago
Segundo alguns investigadores, a edificação da primitiva igreja terá sido realizada no séc. XII. Bastante mais tarde, no séc. XVI, o templo tinha três naves e torre sineira no lado esquerdo da fachada. Contudo, a partir dessa época, e até ao séc. XVIII, terão sido feitas grandes alterações na igreja. Apesar de não ter sofrido danos com o terramoto de 1755 foi totalmente remodelada em 1773 devido a alterações efectuadas na traça urbana que levaram ao alargarmento da rua e obrigaram a redução da área da igreja.
O novo projecto, de uma só nave, suprimiu as capelas fundeiras, mantendo a capela-mor e a capela de Nossa Senhora-a-Franca. A fachada tem afinidades estilísticas com os projectos dos arquitectos renascentistas italianos. O pórtico, todo em mármore, tem três arcadas, com colunas caneladas e capitéis coríntios. A capela de Nossa Senhora-a-Franca é dividida em três corpos abobadados revestidos de estuques setecentistas tendo o corpo central uma cúpula. As imagens de Nossa Senhora-a-Franca, de São Joaquim e de Sant´Ana são atribuídas a Claude de Laprade.
No reinado de D. Maria I pintou-se o tecto da nave com motivos em estilo rocócó, tendo como representação central Nossa Senhora e Santiago, provavelmente obra de Pedro Alexandrino ou de seus discípulos.
DIÁRIO DA REPÚBLICA, I Série B- Nº 56 de 06-03-1996
SANTANA, Francisco e SUCENA, Eduardo (dir.), Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, Carlos Quintas & Associados - Consultores, Lda., 1994.