O orago é Nossa Senhora da Expectação. Provém duma reedificação do princípio do séc. XIX, estando datada num cunhal de MDCCCV. Aspecto típico do estilo regional de transição dos séculos, com persistência das tradições setecentistas.

A fachada é um interessante exemplar de arte provincial. Pilastras dóricas dividem-na em três panos, encurvando-se ao centro o entablamento geral que as liga ; sobrepõe-se um ático, coroado de balaustrada; a meio levanta-se a torre. Este conjunto forma um corpo avançado da igreja, encontrando-se a um lado o baptistério e ao outro a escada da torre. No pano médio cava-se fundo arco de átrio, ladeado de pilastras e coroado de frontão interrompido, ficando acima um óculo oval; nos laterais, duas janelas sobrepostas e de vergas curvas. A torre à direita, alta, de cobertura bolbosa e quadrada, continua as tradições das linhas setecentistas.

O retábulo principal e os colaterais são uma mescla de tradições setecentistas e já neoclássicas. Naquele está uma tela inferior e do tempo, da Senhora da Misericórdia. Do mesmo tempo e sem mérito são as pinturas dos tectos, vendo-se uma Visitação na capela-mor e medalhões com os Evangelistas no sub-coro. A meio corpo, do lado esquerdo, junto ao solo, uma lápide do séc. XVII, com as armas dos Brandões, indicando o carneiro fúnebre da família do fundador. Entre as esculturas destacam-se a Virgem com o Menino (do Rosário), Santo Cristo e Nossa Senhora das Dores. Os sinos são de 1838 e 1854.

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