"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Património Material

Forte de São João dos Maias

Distrito: Lisboa
Concelho: Oeiras

Tipo de Património
Património Material
Identificação Patrimonial
Monumento/Edifício
Época(s) Dominante(s)
Moderna (Séc. XV a XVIII)
Tipologia original
Arquitectura Militar - Forte
Valor patrimonial
Valor Histórico
Áreas Artísticas
Arquitectura Militar, Arquitectura Religiosa, Azulejaria
Uso atual
Colónia de Férias
Descrição

Situado numa ponta rochosa, no extremo Leste da Praia de Santo Amaro de Oeiras, este Forte (designado inicialmente de Reduto da Foz de Oeiras) domina o Tejo, sendo por essa razão, logo a seguir à Fortaleza de S. Julião da Barra e ao Forte de S. Pedro de Paço de Arcos, considerada a mais importante da margem norte deste rio. Após a Restauração, iniciaram-se as obras por indicação de D. José de Menezes, sendo encarregado da obra o Capitão Álvaro de Sousa (conforme se pode ver sobre a porta de entrada, onde além das armas reais com a coroa, se encontra a inscrição relativa à construção). Em 1642, o empreendimento ia bastante adiantado sendo, inclusivé, alvo do interesse do rei D. João IV, que aí se deslocou. O Forte de S. João das Maias encontrava-se operacional em 1644, com 5 bocas de fogo, de ferro; contudo as obras continuariam pelo menos até 1653. O estado de conservação era bom em 1735, mas o seu poder de fogo nesta altura encontrava-se reduzido, tendo 2 peças de bronze de calibre 24, operacionais, e 12 fora de serviço. Um pouco mais tarde, em 1751, o Forte já se encontrava bastante arruinado, sendo provavelmente nele realizadas obras de recuperação; porém, no ano de 1793, por altura da Campanha do Russilhão e, face ao perigo que representava um possível ataque por parte da Esquadra da França Republicana, sabe-se que o Forte foi reedificado, e apetrechado com 10 bocas de fogo, em bronze. O poder ofensivo é aumentado, em 1796, com a construção da Bateria Nova, no exterior da fortificação. No terceiro quartel de oitocentos, deixou de ser artilhado, acabando por ser abandonado, visto ter deixado de ter interesse do ponto de vista militar. Em 1943, a fortificação é entregue ao Ministério das Finanças - Direcção Geral da Fazenda Pública, fazendo-se as necessárias obras de adaptação para Colónia de Férias. Após o 25 de Abril, foi entregue ao Estado Maior General das Forças Armadas - Serviços Sociais das Forças Armadas, voltando a estar em poder dos militares, mas agora como Colónia de Férias.

Possui, ainda, uma pequena capela, cujo interior se encontra revestido com azulejaria de 1754.

Intervenções e Restauros
Em meados de setecentos, foram provavelmente efectuadas obras de recuperação no forte; mais tarde será reedificado (1793). Realizadas as devidas adaptações a Colónia de Férias, em 1943.
Morada
Praia de Santo Amaro de Oeiras
2780
OEIRAS
Fonte de informação
CNC / Patrimatic
Bibliografia
AZEVEDO, Carlos de, FERRÃO, Julieta e GUSMÃO, Adriano de, Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, vol. II, Lisboa, Junta Distrital de Lisboa, 1963.

CALLIXTO, Carlos Pereira, Fortificações Marítimas do Concelho de Oeiras, Câmara Municipal de Oeiras, [s.d.].

Data de atualização
15/01/2009
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