Património Material
Forte de Nossa Senhora de Porto Salvo (Forte da Gibirita)
O Forte, localizado numa saliencia rochosa entre Paço de Arcos e Caxias, foi inicialmente designado por Bateria do Guincho, tomando depois a designação de Nossa Senhora de Porto Salvo, por se encontrar próxima a ermida com aquela invoção; a partir de finais de oitocentos, começou a ser também conhecido por Forte da Gibirita, devido a um conjunto de residências aristocráticas que perto dali foram construídas. Segundo uma lápide, sobre a porta da entrada do Forte, foi o mesmo mandado construir por indicação de D. João IV, em 1649, sendo então, conselheiro de Estado, membro do Conselho de Guerra e Vedor da Real Fazenda, o Conde de Cantanhede. Sabe-se que em 1735 estava artilhado com 2 bocas de fogo de calibre 24, embora possuísse mais 5 que estavam inoperacionais; em 1793, o seu poder bélico constava de 7 peças de fogo, de ferro, de calibre 18. Durante o conflito com os liberais, os absolutistas reforçaram o armamento e guarnição do Forte. Foi alvo de restauro, em 1874, e em 1877, o Ministério da Guerra ordena a entrega do Forte à Comissão de Defesa de Lisboa e seu Porto, a fim de nele serem depositados torpedos. No séc. XX, e após um certo período de abandono, sofreu obras de beneficiação (1911), sob a direcção do Capitão de Engenharia Carlos Augusto de Sá Carneiro. Após o 25 de Abril de 1974, o Forte ficou ao serviço da Marinha de Guerra.
CALLIXTO, Carlos Pereira, Fortificações Marítimas do Concelho de Oeiras, Câmara Municipal de Oeiras, [s.d.].