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Património Material

Forte de Nossa Senhora das Mercês de Catalazete

Distrito: Lisboa
Concelho: Oeiras

Tipo de Património
Património Material
Identificação Patrimonial
Monumento/Edifício
Época(s) Dominante(s)
Moderna (Séc. XV a XVIII)
Tipologia original
Arquitectura Militar - Forte
Valor patrimonial
Valor Histórico
Áreas Artísticas
Arquitectura Militar
Descrição

Construído no séc. XVII, entre a Feitoria e o Forte de Santo Amaro (em Catalazete, junto ao Tejo), foi designado por Forte Novo das Mercês.

Em 1762, foi aí edificada uma Bateria cuja função era reforçar as defesas da Fortaleza de S. Julião da Barra. Constituíam-no um parapeito de alvenaria, a que se acrescentou, passado algum tempo, um muro que tinha for finalidade fechar o recinto defensivo. Estava apetrechado com 9 peças de fogo (7 de ferro de calibre 24 e 2 de bronze de calibre 40). Acabado o estado de guerra, em 1756 (a Guerra dos Sete Anos em que Portugal se viu envolvido), foi o forte desguarnecido. Em 1777, embora tivesse ainda artilhado com 10 peças, é entregue para efeitos de conservação e guarda, a uma família de não militares que aí residia. Em 1793 são realizadas obras de recuperação uma vez que se encontrava arruinado. Em 1804, foi aumentado o poder bélico com mais uma peça de calibre 24. Ao que parece, a única acção bélica onde o Forte tomou parte, terá sido a 11 de Julho de 1831, por ocasião do ataque surpresa da Esquadra Francesa do Almirante Roussin, respondendo com 17 disparos; dispunha então de 6 peças de fogo de calibre 36. É reedificado no final de 1831 e artilhado com 10 bocas de fogo. Durante as guerras entre liberais e absolutistas, não foi centro de qualquer protagonismo, vindo a ser desactivado após a Convenção de Évora-Monte. Em 1856, o seu estado de conservação era já de avançada ruína. A partir de 1888, diversos particulares alugam-no. Em 1937, residiam ali pessoas adstritas à Direcção do Serviço de Obras e Propriedades Militares. O Forte de Catalazete foi alvo de novos danos, devido a um violento temporal ocorrido a 15 de Fevereiro de 1941, que fez ruir mais uma parte do já arruinado flanco direito, onde se localizavam as canhoeiras. A partir de 1955 são efectuadas obras de restauro a fim de o adaptar a Colónia de Férias da Juventude, da Mocidade Portuguesa; em 1973 faz parte do Secretariado para a Juventude e a partir de 20 de Abril de 1977 é entregue à Associação Portuguesa de Pousadas da Juventude.

Intervenções e Restauros
Obras de recuperação em 1793. Foi reedificado no final de 1831, tendo sido, em 1955, realizados trabalhos de restauro a fim de o adaptar a Colónia de Férias.
Fonte de informação
CNC / Patrimatic
Bibliografia
AZEVEDO, Carlos de, FERRÃO, Julieta e GUSMÃO, Adriano de, Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, vol. II, Lisboa, Junta Distrital de Lisboa, 1963.

CALLIXTO, Carlos Pereira, Fortificações Marítimas do Concelho de Oeiras, Câmara Municipal de Oeiras, [s.d.].

Data de atualização
16/01/2009
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