"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Património Material

Ermida de São Brás

Distrito: Évora
Concelho: Évora

Tipo de Património
Património Material
Classificação
Monumento Nacional
Proteção Jurídica
Decreto de 16-06-1910; Z.E.P., D.G., 2ª Série, nº 248 de 20-10-1952.
Identificação Patrimonial
Monumento/Edifício
Época(s) Dominante(s)
Moderna (Séc. XV a XVIII)
Tipologia original
Arquitectura Religiosa - Ermida/Capela
Valor patrimonial
Valor Artístico
Estilo(s)
Manuelino, Mudéjar, Maneirista, Rococó
Áreas Artísticas
Arquitectura Religiosa, Azulejaria, Escultura, Pintura, Talha
Descrição

Trata-se de um edifício fundado no final do séc. XV (1483), por voto de D. João II e do bispo D. Garcia de Meneses, em estilo manuelino-mudéjar.
A sua aparência exterior, atarracada e de planta rectangular, é marcada por catorze contrafortes de forma cilíndrica, coroados por coruchéus cónicos e por uma platibanda de ameias chanfradas; tem, ainda, uma galilé com arcos quebrados. A cúpula é coberta por telhas dispostas em linhas irradiadas à maneira das cúpulas bizantinas do séc. XII.
No remate da cornija encontra-se um friso de esgrafitos, de inspiração muçulmana, com escudetes reais, esferas armilares, a cruz de Cristo e outros motivos decorativos manuelinos.
O presbitério mantém a traça primitiva, de forma quadrangular, e cúpula hemisférica, com revestimento de painéis azulejares do tipo enxadrezado, verde e branco, além do retábulo de entalhamento dourado, maneirista, onde se expõem quatro interessantes pinturas em tábua, de artistas anónimos e de meados do séc. XVI, com influências flamengas da escola eborense e maneiristas, representando a pregação e martírio do orago, a Natividade e a Ressurreição de Cristo.
Dois altares simples, com talha em estilo rococó, são dedicados a S. Romão e a Nossa Senhora das Candeias, esta de antiga devoção local, comemorada com a romaria e feira franca, instituída pela Câmara em 1523. É, igualmente, de salientar, uma imagem de S. Brás, em madeira policroma que, segundo a tradição, apresenta as feições de D. João II, padroeiro da ermida.
O templo foi bastante atingido durante a Guerra da Restauração, devido à artilharia castelhana durante os ataques a Évora de 1663, tendo sido destruída a abóbada da nave, revestida por pinturas murais.

Núcleos mais importantes
Interessantes pinturas em tábua de cerca de 1570, com influências flamengas da escola eborense.
Morada
Rossio de São Brás, Horta das Figueiras
7000-743
ÉVORA
Fonte de informação
CNC / Patrimatic
Bibliografia
ALMEIDA, José António Ferreira de (orientação e coordenação), Tesouros Artísticos de Portugal, Selecções do Reader's Digest, Lisboa, 1982.

ESPANCA, Túlio, Évora - Encontro com a Cidade, Câmara Municipal de Évora, Évora, 1988.

LOPES, Flávio (coord.), Património Classificado - Arquitectónico e Arqueológico - inventário, vol. I, Lisboa, IPPAR, 1993.

Data de atualização
22/08/2008
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