"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Património Material

Central Tejo

Distrito: Lisboa
Concelho: Lisboa

Tipo de Património
Património Material
Classificação
Imóvel de Interesse Público
Proteção Jurídica
1/86 DR 2, de 03-01/1986 ZEP DR (II Série), n.º 145, de 23-06-1993, portaria 140/93
Identificação Patrimonial
Monumento/Edifício
Época(s) Dominante(s)
Contemporânea (Séc. XX)
Tipologia original
Arquitectura Civil - Equipamentos Industriais
Valor patrimonial
Valor Arquitectónico, Valor de Memória, Valor Sociológico
Uso atual
Museu da Electricidade
Descrição

A Central Tejo edificada na Avenida da Índia (zona de Belém) junto ao Rio Tejo, deve a escolha da sua localização a duas razões técnicas: por um lado, à chegada de barcos carregados de carvão (principal combustível utilizado) e, por outro lado, à água do rio que era fundamental para o processo do ciclo da água-vapor e para a condensação e refrigeração do vapor. A sua construção é datada de 1906-1908 e teve como inicial utilização o fornecimento de energia eléctrica à cidade de Lisboa. A Central obedeceu ao projecto do arquitecto francês Fernand Tauzet, e logo em 1909, viria a ter as primeiras ampliações com a construção de mais um edifício. De 1914 a 1918 construiu-se uma nova sala das caldeiras, adaptando a Central às crescentes necessidades de energia da cidade. O material foi sucessivamente desmantelado por já se encontrar tecnicamente ultrapassado, tendo em 1939 sido terminada a sala das caldeiras de alta pressão. Durante o período de 1939 a 1945 a Central Tejo passa por dificuldades devido à II guerra mundial. Em 1975 é desactivada do serviço industrial, tornando-se um ano depois em património da Electricidade de Portugal. Actualmente, com as maquinarias devidamente reparadas, é a sede do Museu da Electricidade, funcionando também como galeria para eventuais exposições.
A sua estrutura é maciça e contínua, recorrendo a massas simples onde os materiais assumem uma função plástica, atestando igualmente o início da indústria moderna em Portugal. As fachadas são revestidas a tijolo criando formas geométricas. A reforçar essa ideia estão pilastras que ladeiam as longas janelas terminadas em arco pleno, com falsa aduela e caixilharia em ferro. A cobertura platibanda em laje é encimada por quatro chaminés. Outros edifícios compõem o conjunto da Central, comunicando com ela por passagens internas.

Morada
Avenida da Índia e Avenida Marginal, Santa Maria de Belém
1400
LISBOA
Bibliografia
ADRAGÃO, José Victor, PINTO, Natália e RASQUILHO, Rui, Novos Guias de Portugal - Lisboa, Lisboa, Editorial Presença, 1985.

BERGER, Francisco Gentil; BISSAU, Luís; TOUSSAINT, Michel (coords.), Guia de Arquitectura Lisboa 94, Lisboa, Associação dos Arquitectos Portugueses/Sociedade Lisboa 94/Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, 1994.

RODRIGUES, José Armando, COSTA, José Lino, MAGALHÃES, Maria Filomena de, ANGÉLICO, Maria Manuel, Oásis Alfacinhas Guia Ambiental De Lisboa, Lisboa, Verbo, 1998.

SANTANA, Francisco e SUCENA, Eduardo (dir.), Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, Carlos Quintas & Associados - Consultores, Lda., 1994.

Data de atualização
11/12/2006
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