"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Património Material

Casa dos Bicos

Distrito: Lisboa
Concelho: Lisboa

Casa dos Bicos
Tipo de Património
Património Material
Classificação
Monumento Nacional
Proteção Jurídica
Decreto de 16-6-1910; Z.E.P., D.G., 2ª Série, nº 213 de 11-9-1961
Identificação Patrimonial
Monumento/Edifício
Época(s) Dominante(s)
Moderna (Séc. XVI)
Tipologia original
Arquitectura Doméstica - Habitação Unifamiliar
Valor patrimonial
Valor Arqueológico, Valor Arquitectónico,
Valor Histórico, Valor de Memória
Áreas Artísticas
Cantaria
Uso atual
Aqui funcionam os serviços da Vereação da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa
Proprietário/Instituições responsáveis
Câmara Municipal de Lisboa
Descrição

A Casa dos Bicos é um dos raros exemplares de arquitectura civil quinhentista lisboeta. O edifício foi mandado construir por Brás de Albuquerque, em 1523, no local onde a família de Afonso de Albuquerque já possuía propriedades.
O cataclismo de 1755 destruiu os dois últimos pisos da casa, subsistindo apenas a loja e a sobreloja. O edifício esteve abandonado até à década de 80 do século XX. Em 1981 a Exposição Europeia de Arte, Ciência e Cultura acordou com a Câmara Municipal de Lisboa o restauro do edifício, e dois anos depois estava recuperada a volumetria inicial.

De planta rectangular, a casa apresenta quatro pisos separados por molduras que percorrem toda a fachada, com cobertura em telhado de quatro águas. A fachada principal, virada a sul, é revestida com pedras talhadas em forma de diamantes, à semelhança de outros exemplares em moda "dei diamanti", na altura existentes em Espanha e Itália - esta característica deu origem à sua designação Casa dos Diamantes. No primeiro andar, dispostas assimetricamente, inscrevem-se seis portas de várias dimensões; quatro com vãos rectangulares e duas com arcos contracurvados. No segundo piso, também distribuídas assimetricamente, rasgam-se quatro janelas de várias dimensões. O terceiro e o quarto andar são dinamizados por fenestração em arcos polilobados, estilizados. O espaço interior, completamente descaracterizado em relação ao que foi o solar dos Albuquerques, possui escadaria em mármore claro com linhas arrojadas, que contrastam com o preto das paredes.

Estado de Conservação
Intervenções e Restauros
1916 - a Câmara Municipal de Lisboa leva a efeito a adaptação de um barracão a cavalariça na Rua Afonso de Albuquerque.
1928, 1929, 1937, 1942, 1943, 1947, 1949, 1950 - diversas obras de reparação, beneficiação e limpeza do edifício.
1958 - obras na cobertura virada para a Rua Afonso de Albuquerque.
1969 - obras de conservação e melhoramento.
1983 - a casa foi remodelada sendo-lhe restituídos os dois pisos que foram destruídos pelo Terramoto de 1755.

Modo de funcionamento
Vereação da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa
Morada
R. dos Bacalhoeiros, nº 10 a 10F, frente R. Afonso de Albuquerque, nº9 a 11
1149-036
LISBOA
Telefone
00351 21 881 09 00
Fax
00351 21 881 09 21
Web site
Bibliografia
ALMEIDA, José António Ferreira de (coord.), Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, Selecções do Reader's Digest, 2ª reimpressão, Junho de 1982.

LOPES, Flávio (coord.), Património Classificado - Arquitectónico e Arqueológico - inventário , vol. II, Lisboa, IPPAR, 1993.

RODRIGUES, José Armando; COSTA, José Lino; MAGALHÃES, Maria Filomena de; ANGÉLICO, Maria Manuel, Oásis Alfacinhas Guia Ambiental de Lisboa Verbo, Lisboa, 1998.

Data de atualização
12/02/2008
Agenda
Ver mais eventos

Passatempos

Passatempo

Ganhe convites para o espetáculo "A NOITE"

Em parceria com a Yellow Star Company, oferecemos convites duplos para o espetáculo "A Noite" de José Saramago. Trata-se da primeira peça de Teatro escrita pelo único prémio Nobel da Literatura de língua portuguesa. 

Visitas
99,086,683