"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Património Material

Capela de Nossa Senhora dos Remédios

Distrito: Lisboa
Concelho: Lisboa

Tipo de Património
Património Material
Classificação
Imóvel de Interesse Público
Proteção Jurídica
de 16-06-1910, DG 136, de 23-06-1910 (Portal - MN, Monumento Nacional); Dec. 27 347, DG 296, de 18-12-36 (Capela - IIP)
Identificação Patrimonial
Monumento/Edifício
Época(s) Dominante(s)
Moderna (Séc. XVI a XVIII)
Tipologia original
Arquitectura Religiosa - Ermida/Capela
Valor patrimonial
Valor Artístico
Estilo(s)
Manuelino
Áreas Artísticas
Arquitectura Religiosa, Azulejaria, Pintura
Descrição

A classificação abrange a Capela, Casa do Despacho e restantes divisões da confraria; o portal de estilo manuelino tem classificação à parte.

A capela quinhentista, com orago ao Espírito Santo, foi bastante modificada no séc. XVIII, preservando-se o referido portal manuelino, a azulejaria e pinturas quinhentistas. A capela apresenta planta longitudinal rectangular, formada por uma só nave e capela-mor, com cobertura de telhado a duas águas.
O espaço interior encontra-se revestido de azulejos historiados setecentistas, com cenas da Anunciacão e da vida de Santa Cecília, articulados com pinturas sobre madeira do primeiro terço do século XVI, da Escola Portuguesa Renascentista. As tábuas representam a Criação de Eva, o Pentecostes, a Aparição de Cristo à Virgem e as duas predelas, que se inscrevem sobre as portas dos lados do altar-mor Santa Luzia, Santa Catarina e Santa Bárbara e Santa Apolónia, Santa Úrsula e Santa Margarida. Três altares oitocentistas dinamizam o espaço sagrado, com Nossa Senhora dos Remédios ladeada por São Pedro e São Pedro Gonçalves, no altar-mor; e, Nossa Senhora dos Anjos e Nossa Senhora da Piedade nos altares laterais.
Num ângulo junto à porta pode-se observar o poço donde, segundo a lenda, teria sido retirada uma imagem de Nossa Senhora, que apesar de estar na água se encontrava enxuta. Posteriormente ao altar-mor insere-se uma divisão, decorada com azulejos quinhentistas, e a sacristia, com composição historiada a azul e branco, na qual se destaca um arcaz oitocentista. Uma escada dá acesso à Casa de Despacho da primitiva Confraria, onde é possível observar um friso de azulejos com animais caricaturais.

Intervenções e Restauros
1949 - trabalhos de conservação geral do exterior.
1969 - recuperação das estruturas danificadas pelo tremor de terra ocorrido nesse ano.
1970 - recuperação da cobertura, pintura de abóbada e alçados da capela-mor.
1992 - obras de recuperação e manutenção dos interiores; beneficiação do sistema eléctrico.
1994 - trabalhos de beneficiação do interior e pintura exterior.

Morada
Rua dos Remédios, nº 15 Santo Estevão
1200-822
LISBOA
Bibliografia
ALMEIDA, D. Fernando de (dir.), Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Tomo I, Lisboa, 1973.

CALADO, Maria; FERREIRA, Vitor Matias, Freguesia de Santo Estevão (Alfama), Lisboa, 1992.

GUIA LARANJA : Lisboa e Costa de Lisboa, Convergência, Lisboa, 1985.

LOPES, Flávio (coord.), Património Classificado - Arquitectónico e Arqueológico - inventário, vol. II, Lisboa, IPPAR, 1993.

Data de atualização
27/12/2006
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