Encontra-se situada num ponto alto, na serra da Freita, monte Fuste, a cerca de 900 m de altitude. Está isolada e as datas mais antigas que aí se encontram são: 1652 ou 54 num cruzeiro, 1680 na padieira duma janela da capela-mor (pedra ali reaproveitada), 1717 gravada na rocha externa, do lado esquerdo e em frente da capela, data que faz parte do conjunto duma cruz e de pequeno nicho aí cavados. No topo da capela-mor encontra-se uma pedra saliente com a data de 1730. O edifício actual deve datar do final do séc. XVII, início do séc. XVIII. É uma capela baixa, composta por corpo e capela-mor, vincada de cantarias nos cunhais e nas breves cimalhas, sendo mais simples as do santuário. As cimalhas das duas empenas do corpo enrolam à nascença. A porta principal é dominada por um frontão triangular e apresenta uma pequena sineira no vértice frontal. O arco-cruzeiro é redondo, simples e incaracterístico. Actualmente tem à frente um largo alpendre com pilares de cimento. O retábulo principal, ou aqui adaptado ou já alterado, remonta ao início do séc. XVIII, com colunas torsas. Os retábulos colaterais são simples, com dois pares de colunas caneladas em espiral, sendo anteriores, do início do último terço do séc. XVII. Existe uma escultura antiga da padroeira, "Virgem com o Menino", de pequenas dimensões (alt. 0,50 m), em calcário, de oficina coimbrã, do final do séc. XV, encontrando-se em muito mau estado (tipo de material frágil em contacto com a humidade); a nova escultura é em madeira e faz uma interpretação da outra. Perto desta capela encontram-se espalhadas diversas cruzes de pedra; são de tipo comum, algumas já reformadas. São quase uma dezena e uma delas data dos anos 50 do séc. XVII, compondo-se de pilar e pequena cruz, sendo anterior ao conjunto. A sua base é circundada por um letreiro, talvez com o nome de quem a mandou fazer. No cemitério, anexo à capela, que serve a população do lugar de Merujal, estão diversos exemplares de "tabuletas" funerárias em madeira, as quais demonstram ser um trabalho artesanal da região; o seu carácter mais original consiste no facto dos elementos decorativos serem pintados em vidrinhos sobrepostos a folha de alumínio.