Património Material
Bateria da Feitoria
Nos finais do séc. XVI e durante o séc. XVII, edificaram-se-se uma série de construções (na altura em madeira), que serviram de apoio terrestre às diferentes fases de construção da Fortaleza da Cabeça Seca, hoje conhecida por Torre do Bugio, e de alojamento aos trabalhadores; esse conjunto de edifícios, conhecido por Feitoria, situava-se junto do Tejo, actualmente entre a Fortaleza de S. Julião da Barra e o Forte de Nossa Senhora das Mercês de Catalazete. No séc. XVIII, foi-lhe acrescentada, uma Bateria de razoáveis dimensões, que devido à óptima posição estratégica e ao seu poder de fogo, formavam juntamente com os Fortes de Catalazete e de S. João das Maias um apreciável meio de impedimento de eventual desembarque na Praia de Santo Amaro de Oeiras. Sabe-se que durante a Guerra com a Espanha, em 1763, a Bateria estava equipada com 12 bocas de fogo, de ferro, 5 de calibre 12 e as restantes de calibre 18; possuía ainda, uma peça de bronze de calibre 3. Em 1793, devido ao seu estado de ruína, foram efectuadas obras de recuperação, sendo então apetrechada com 13 peças de fogo, de ferro, 6 de calibre 18 e 7 de calibre 12, contudo só se encontravam operacionais 3 daquelas peças. A Bateria depois de ter feito parte da Linha Defensiva de Oeiras, durante as invasões francesas, entrou em declínio, verificando-se pouco vestígios dela a meio do séc. XIX, chegando até aos nossos dias somente como um muro de protecção, fronteiro ao rio, do recinto da Feitoria. Acresce ainda salientar que nesta Feitoria viria a ser instalado, no início do séc. XIX, o Colégio de Educação do Regimento de Artilharia da Côrte, percussor do Colégio Militar. Foi recuperada, em 1919, para funções hospitalares e, a partir de 1939, adaptada a Colónia de Férias do Colégio Militar.