"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Património Material

Aqueduto da Prata

Distrito: Évora
Concelho: Évora

Tipo de Património
Património Material
Classificação
Monumento Nacional
Proteção Jurídica
Decreto de 16-06-1910.
Identificação Patrimonial
Monumento/Edifício
Época(s) Dominante(s)
Moderno, Contemporâneo
Tipologia original
Arquitectura Civil - Equipamento/Serviços
Valor patrimonial
Valor Histórico
Estilo(s)
Renascença
Áreas Artísticas
Arquitectura Civil, Escultura
Descrição

É, igualmente, conhecido por Aqueduto da Água de Prata.


Foi fundado por D. João III, tendo os trabalhos sido iniciados cerca de 1532, dirigidos pelo Arquitecto-Mor da Casa Real, Francisco de Arruda.


A sua inauguração deu-se a 28 de Março de 1537, tendo presidido às cerimónias o monarca e a rainha D. Catarina de Áustria, o Senado, o bispo-infante D. Afonso e a Corte, com o lançamento das primeiras águas através dos leões do chafariz primitivo da Praça Grande (Geraldo), fonte desaparecida em 1570 por altura da demolição do célebre arco triunfal romano. O acto terminou com uma corrida de touros oferecidos pelos mercadores do povo.


A contribuição monetária da nobreza foi muito importante e, nessa altura, foram abertas algumas ruas, outras modificadas e expropriados alguns imóveis. São deste período as ruas do Salvador e Nova. O cano terminava com uma monumental torre de aspecto clássico, que abastecia o Paço Real e o Convento de S. Francisco, situado à frente do portal deste último, destruído em 1873.


O aqueduto foi bastante danificado em 1663 mas, aos poucos, foi sendo recuperado.


Prolonga-se por mais de 18 km, com origem nas minas da Graça do Divor, através de canalizações e arcaria de granito em estilo Renascença, encontrando-se o depósito central rodeado por doze colunas toscanas.
Esta obra mostra a sua feição mais imponente ao atravessar as Quintas da Torralva e da Cartuxa, a muralha da cerca nova e a Rua do Cano, encontrando-se neste ponto integrada no casario urbano, com evidentes características populares. O mais belo trecho artístico encontra-se na Estrada Nacional 370, junto das cercas da Cartuxa e da Torralva, e compõe-se de tripla arcada de alvenaria, ornamentada com nichos, colunata dórica, cúpulas de linhas radiadas, de gomos ovóides e pináculos como estilização de coroas imperiais. As esculturas de mármore que ornamentam as edículas superiores são modernas.

Morada
Começa no sopé do Alto de São Bento e atravessa parte da cidade de Évora, Rua do Cano, parte da Rua do Salvador, etc. S. Mamede.
7000
ÉVORA
Fonte de informação
CNC / Patrimatic
Bibliografia
ESPANCA, Túlio, Évora - Encontro com a Cidade, Câmara Municipal de Évora, Évora, 1988.

Idem, Évora, Câmara Municipal de Évora, Évora, 1980.

LOPES, Flávio (coord.), Património Classificado - Arquitectónico e Arqueológico - inventário, vol. I, IPPAR, Lisboa, 1993.

Data de atualização
24/01/2008
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