É, igualmente, denominado "Arco da Rainha Santa", pois o povo julgava-o ligado à passagem do féretro da Rainha Santa Mafalda.

Compõe-se dum bloco rectangular pouco espesso, vazado até meia altura por um arco, no qual se inscreve a sugestão dum túmulo, dando um sentido fúnebre ao monumento. A arcada em granito assinala o local onde poderá ter sido colocado o corpo da Infanta D. Mafalda (séc. XIII), filha de D. Sancho I.

O conjunto assenta numa breve fiada de fundações, a qual serve de nível de base para as medidas e descrição; daí até ao alto da cornija mede 4,28 m. O envasamento geral é de duas fiadas de cantaria no lado Norte, representadas por pedra irregular no outro lado (C. 4,74 m; L. 1,01 m); o soco é de uma espessa fiada (C. 4,51 m; L. 0,90 m; A. 0,27 m).

O corpo é composto por sete fiadas não totalmente iguais (C. 4,17 m; L. 0,63 m; A. 2,95 m), rasgando-se em arco de volta regular (A. sobre o soco 1,80 m, sendo 0,74 m de pés direitos, diâmetro 2,10 m) sem impostas; a parte correspondente a esses breves pés-direitos internos é reservada a um simulacro de túmulo como se tivesse desaparecido a caixa e ficado a tampa, de duas águas, suportada por dois pares de colunelos de pequenas dimensões, encontrando-se entalada na base entre os plintos dos mesmos colunelos, uma nova campa rasa, decorada só por um cordão a vincar as esquinas, como se fosse verdadeiramente sepulcral e que poderá já não ser a primitiva.

Por cima e dos lados do arco, nas cantoneiras, existem dois pequenos arcos ornamentais vazados a toda a largura. O corpo é rematado pela cornija geral, bem decorada, possuindo uma cobertura de duas águas. Após a época medieval, foi-lhe cravada em cada extremidade uma pequena e rude cruz; no centro ainda se destaca uma pedra de forma ovoidal, na qual seria cravado qualquer complemento.

Este monumento poderá ser do final do séc. XIII, em estilo românico e tem sido considerado um dos mais significativos monumentos do género no Norte de Portugal.