Património Material
Chafariz da Esperança
Localizado no antigo Largo da Esperança, viu alterada a sua envolvência com o arranjo urbanístico resultante da abertura da Av. D. Carlos I, em 1889, ficando encostado a um prédio, construído por essa altura, cuja fachada foi concebida como pano de fundo para o chafariz.
Traduzindo uma arquitetura civil, de equipamento, barroco e rococó, é um dos mais interessantes, cenográficos e monumentais de Lisboa, que fazia parte de uma das principais linhas de abastecimento de água à cidade alimentadas pelo Aqueduto das Águas Livres.
Projetado por Carlos Mardel em 1752, a sua obra teve início no ano seguinte, sob orientação do mesmo, sendo terminada, em 1768, já por Miguel Ângelo Blasco.
Classificado como Monumento Nacional, obedece a um esquema vertical, apresentando, num plano inferior, um tanque largo, destinado a bebedouro dos animais, que recebe a água de carrancas de cantaria.
Através de 2 lanços de escada laterais acede-se a um largo balcão, do tipo 'varanda de pavilhão solene', onde um segundo tanque recebe a água de carrancas de bronze. Neste balcão destaca-se o corpo central do chafariz, ladeado por 2 pilastras dóricas, cujo espelho central, definido por 2 colunas, sustenta um pequeno frontão curvo aberto, ostentando, em rocaille, as armas reais. A rematar este volume surgem, ao meio e nos cantos,3 pináculos em forma de vaso, com decorações folhosas, terminando em alcachofra.