Património Material

Imóvel de Interesse Público

Decreto nº 67/97 de 31-12

Conjunto

Moderna (Séc. XV a XVIII)

Arquitectura Doméstica - Quinta

Valor artístico

Arquitectura Civil, Pintura

Mandada edíficar pelo conde da Póvoa, ministro do reino ao tempo de D. Maria I, cerca de 1780 com a função de pavilhão de caça. Detém por isso todas as características de um local de descanso e não de residência rural, acrescentado da sua excepcional localização que lhe confere a posição de verdadeiro miradouro convidando o olhar a repousar sobre o verde. Edifício de planta quase quadrangular, de aparência clássica, mas anunciando um gosto revivalísta nascente, com o recurso ao traçado gótico das portas e algumas das suas janelas. Na fachada, sobre cada porta rasga-se uma falsa janela circular envolvida,na zona superior, por uma grinalda de pedra. São puros elementos decorativos cuja função deriva da necessidade de ritmar a nudez que o muro, de um local pretensamente de deleite, poderia adquirir. Essa vontade de desfrutar a natureza é evidenciada, no interior, pelos famosos frescos que muitos atribuem a Pillement, onde se sujere o bucólico mundo campestre para o qual se espreita como se assomassemos a uma real janela, mas com a intimidade de um postigo. Não faltam ao pavilhão igualmente as "chinoiseries" fantasiadas no "boudoir" contíguo à sala de jantar. A propriedade pertence ainda aos descendentes de Maria Luisa Sampaio de Noronha, filha do conde da Póvoa, casada com Domingos de Sousa Holstein, segundo duque de Palmela.

Pinturas a fresco no interior da casa atribuidas por diversos estudiosos a Pillement ou a seus discípulos

Rua da Ribeira, nº 2

CNC / Patrimatic

23/01/2009