"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Património Material

Quinta da Penha Verde

Distrito: Lisboa
Concelho: Sintra

Tipo de Património
Património Material
Classificação
Monumento Nacional
Proteção Jurídica
Decreto N.º 39175 de 17-4-1953
Identificação Patrimonial
Conjunto
Época(s) Dominante(s)
Moderna (Séc. XV a XVIII)
Tipologia original
Arquitectura Doméstica - Quinta; Arquitectura Religiosa- capela; Arquitectura Civil- equipamento
Estilo(s)
Renascença
Áreas Artísticas
Arquitectura Civil, Escultura, Azulejaria
Descrição

Antiga propriedade de D. João de Castro, 4º vice rei da India, que a recebeu a D. Manuel I como recompensa pelos serviços prestados. Englobava não só a actual quinta como a então designada Tapada da Quinta da Penha Verde, actual Quinta da Fonte dos Cedros. A propriedade chamou-se anteriormente Quinta da Fonte de El-Rei e foi doada para que D. João de Castro aí fixasse residência, tendo dela afirmado o próprio:" Eu tenho uma quinta a par de Sintra, a qual eu fiz, e tenho grande afeição pela fazer". Por entre o arvoredo que envolve o palacete dispersam-se várias capelas, sendo a mais importante aquela que o vice rei faz erguer em 1542 com o intuito de se tornar seu sepulcro. A Capela de Nossa Senhora do Monte, de planta circular, é coberta por abóbada semi-esférica rematada no centro por uma cabeça de querubim. No interior, adossadas à parede, organizam-se as seis colunas capitelizadas. Destaca-se o altar revestido por azulejos seiscentistas, bem como o retábulo com uma representação, em mármore branco, da Sagrada Família, envolvida por moldura de mármore preto. No exterior são as duas lápides com inscrições em sanscrito que, ladeando a porta de entrada, cativam o olhar, bem como a inscrição que a encima dando conta da data e do fundador da capela. Frente à capela encontra-se a sepultura de António Saldanha, servidor nas colónias e governador de Angola. As restantes capelas da quinta, a de S. Pedro, S. João e S. Brás, foram construidas por iniciativa do bispo D. Francisco de Castro. Tal é o caso da de Santa Catarina do Monte Sinai, situada no Monte das Alvísseras, construida em 1636. No interior o silhar de azulejos do século XVII entra em perfeito diálogo com o altar de mármores embutidos, sobrepujado pela imagem da padroeira em pedra. Dignas de especial atenção são as fontes que pelo jardim se evidenciam. É o caso da usualmente chamada " dos Passarinhos" ou " do Corvo", coberta por alpendre artesoado e toda ela forrada a azulejos de 1651. A Fonte de Neptuno, com um tanque de pequenas dimensões, apresenta ao centro a imagem do deus do mar e das águas. Na Fonte dos Azulejos é exactamente o grande painel policromo, com representações de uma paisagem com animais e casario, que assume importância. Saliente-se, pois, o facto da quinta da Penha Verde ser um marco incontornável para quem deseje fazer o estudo aprofudado sobre a azulejaria portuguesa. As primitivas casas terreas de D. João de Castro foram ampliadas mais tarde po D. Francisco de Castro, Inquisidor-geral e neto do vice-rei. Numa das salas se expunham duas peles, uma de jacaré e uma outra de giboia bem como um osso que se dizia ser da canela de um gigante e que muito teria impressionado D. João V. Uma descrição da Quinta da Penha Verde não ficaria completa sem a referência aos pequenos miradouros que se sucedem ao longo da extensa propriedade. Saliente-se o do Monte das Alvísseras e o do terreiro frente à Capela de Nossa Senhora do Monte.

Núcleos mais importantes
Capela de Nossa Senhora do Monte ( silhar e altar de azulejos seiscentistas, retábulo de mármore representando a Sagrada Família, duas lápides com inscrições em sanscrito); Capela de Santa Catarina do Monte Sinai ( silhar de azulejos do século XVII, altar de mármores embutidos, imagem em pedra de Santa Catarina do Monte Sinai); Capela de S. Pedro interior de embrechados, escultura em mármore de S. Pedro); Capela de S. João ( paineis de azulejos policromos do século XVII com alusão a S. João Baptista, altar de pedraria lavrada); Capela de S. Brás ( silhar de azulejos de tapete do século XVII, altar de mármores embutidos; escultura em mármore de S. Brás, vitrais de 1929 da oficina Leone); Fonte dos Passarinhos ou do Corvo( azulejos de 1651); Fonte de Neptuno ( escultura representando a figura mitológica do deus do mar e das águas); Fonte dos Azulejos ( azulejos datados de 1640-1650)
Morada
Estrada Nova da Rainha, São Martinho
2710
SINTRA
Bibliografia
LOPES, Flávio (coord.), Património Classificado - Arquitectónico e Arqueológico - inventário, vol. II, Lisboa, IPPAR, 1993.
Data de atualização
19/01/2009
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