Património Material
Quinta Alegre
Edificada no ano de 1819 por José Bento de Araújo, a Quinta Alegre, também conhecida como Quinta da Marquesa do Alegrete, é formada pelo palácio, jardins e quinta. Destaca-se pela decoração azulejar que predomina nos jardins e pelas pinturas dos tectos e paredes do espaço interior.
Um portão, de ferro forjado com ombreiras de cantaria rematadas por pináculos, datado de 1819 e com a inscrição JBA, dá acesso a um pátio de planta quadrangular, decorado com azulejos. Nos jardins repete-se o elemento decorativo do pátio, podendo-se observar silhares de azulejos azuis e brancos. Destaque para um chanfro num dos panos da propriedade, a oeste, onde se pode observar uma fonte com tanque rectangular inserida num arco de volta inteira.
O palácio tem planta longitudinal com volumes articulados e telhados de 2 e 4 águas. O alçado norte, rematado por friso e beirado simples, é constituído por um corpo único de dois andares. No primeiro andar rasgam-se oito janelas de peito rectangular, com gradeamento, que se conjugam com as do andar nobre, em igual número, com sacada e gradeamento em ferro forjado.
Actualmente o edifício faz parte do património da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
FERREIRA, Fátima Cordeiro G.; CARVALHO, José Silva; PONTE, Teresa Nunes da (coord.), Guia Urbanístico e Arquitectónico de Lisboa, Lisboa, Associação dos Arquitectos Portugueses, 1987.
LOPES, Flávio (coord.), Património Classificado - Arquitectónico e Arqueológico - inventário, vol. II, Lisboa, IPPAR, 1993.