Património Material
Praça do Comércio
A Praça do Comércio situa-se junto ao Tejo, no local do antigo Terreiro do Paço onde estava a Corte Régia desde o século XVI. Após o terramoto de 1755 o Terreiro do Paço ficou destruído, iniciando-se a construção da Praça do Comércio em 1758, por decreto pombalino.
O nome da Praça é uma homenagem aos comerciantes de Lisboa que ao pagarem uma taxa de 4% sobre as mercadorias importadas contribuíram assim para a construção da Praça e da Capela Real.
O projecto ficou a cargo do Arquitecto Eugénio dos Santos e as obras decorreram ao longo de mais de um século.
A Praça está voltada para o rio, medindo 177m por 192,5m e está rodeada por 86 arcos. Os edifícios a Este e a Oeste da Praça foram os primeiros a serem construídos e não apresentam elementos de valor artístico. O torreão central foi terminado em 1840 e nele ergue-se um arco do triunfo cuja construção viria a ser concluída em 1873. Defronte ao torreão central encontra-se o Cais das Colunas e no centro da Praça foi colocada a estátua equestre de D. José. Da autoria de Machado Castro, e inaugurada em 1775, a estátua, foi a primeira de peça única, em bronze fundido num só jacto, que se fez em Portugal.
O edifício que se extende da Praça do Comércio em direcção à Praça Duque da Terceira funcionou como Arsenal da Marinha até 1939 e, actualmente, serve o Ministério da Marinha. Debaixo das arcadas junto ao cruzamento com a Rua da Prata encontra-se o café mais antigo de Lisboa, inaugurado em 1789 - o Martinho da Arcada -, assim designado devido à sua localização e porque o primeiro proprietário se chamava Martinho Rodrigues.
Idem, Património Arquitectónico e Arqueológico - Informar para Proteger, Lisboa, IPPAR, 1994.
CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA, ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE BIÓLOGOS, Óasis Alfacinhas, guia ambiental de Lisboa, Editorial Verbo, Lisboa, fevereiro,1998.