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Património Material

Palácio de Monserrate

Distrito: Lisboa
Concelho: Sintra

Tipo de Património
Património Material
Classificação
Imóvel de Interesse Público
Proteção Jurídica
Decreto N.º 95/78, de 12-9
Identificação Patrimonial
Conjunto
Tipologia original
Arquitectura Doméstica - Palácio
Valor patrimonial
Valor artístico
Áreas Artísticas
Arquitectura Civil
Descrição

O Parque de Monserrate, localizado na encosta norte, é outra jóia da corrente romântica. O topónimo deve a sua designação ao facto de, em 1540, depois de uma peregrinação realizada por frei Gaspar Preto a um ermitério beneditino em Monserrat, na Catalunha, ter decidido edificar uma pequena ermida dedicada a Nossa Senhora de Monserrate na Quinta da Boa Vista.

Nos finais do século XVIII, a propriedade foi arrendada a um comerciante inglês de nome Gerard De Visme que efectuou transformações na quinta. É edificado um palácio com jardins, onde outrora existira a ermida. Passado pouco tempo, De Visme, subarrenda a quinta a um compatriota: o escritor inglês William Beckford que continuou as obras e reforçou no lugar o espírito romântico, principalmente nos jardins, com a criação de quedas de água despidas de artificialismos e que sugerem um ambiente tropical.

O maior impulso, porém, verifica-se em meados do século XIX, quando o novo proprietário, o inglês Francis Cook, transformou o palácio numa exuberante construção de vários estilos revivalistas - neo-gótico, neo-mouriscoindiano e envolve o local com um dos mais luxuriantes jardins exóticos, recriando um clima oriental das Mil e uma Noites. Para isso, toma em consideração os conselhos de paisagistas e botânicos e introduz nos jardins, numerosas colecções de árvores e plantas exóticas dos cinco continentes, como por exemplo - metrosideros e fetos arbóreos da Nova Zelândia, araucárias da Austrália (chegam a ultrapassar os 50 metros de altura), palmeiras e yucas do México, taxódio dístico da América do Norte, rodoendros, azálias e bambus do Japão, e exemplos de espécies índígenas como o sobreiro e o azevinho.

Todo este quadro se conjuga, com caminhos sinuosos, recantos, lagos e cascastas, grutas e ruínas, que procuram fazer sentir a nostalgia do tempo. Para acentuar esta faceta, por exemplo, num ermitério mandado edificar por De Visme, em estilo neo-gótico, Francis Cook destrói a cobertura propositadamente e abre uma gruta na ábside onde até determinada altura esteve colocado um túmulo etrusco trazido por ele de Itália, ou, noutro exemplo, onde coloca no jardim um arco, também por ele adquirido, proveniente da Birmânia, e que cobre de plantas trepadeiras que reforçam a intrusão da vegetação.

 


Fotografias do Palácio © Monte da Lua

Morada
Estrada de Monserrate
2710 SINTRA
São Martinho
Fonte de informação
CNC / Patrimatic
Bibliografia
LOPES, Flávio (coord.), Património Classificado - Arquitectónico e Arqueológico - inventário, vol. II, Lisboa, IPPAR, 1993.
Data de atualização
17/08/2011
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