Património Material
Palácio Nacional de Belém
O Palácio de Belém foi construído no séc. XVI, durante o reinado de D. Manuel, tendo sofrido ampliações e reedificações no séc. XVII que lhe fizeram perder o aspecto quinhentista. Em 1726 D. João V fez-lhe novos melhoramentos, aumentando a quinta e rodeando o palácio de magníficos jardins. Em 1770 foi construído o Picadeiro Régio, local onde se podia assistir a lições de equitação ou a demonstrações dos grandes mestres que dominavam a arte de cavalgar. O projecto do picadeiro deve-se a Giacomo Azzilini, enquanto que as pinturas do tecto foram executadas por Francisco de Setúbal e por Nicolla della Rive. Foi por iniciativa de D. Amélia que se promoveram obras a fim de tornar o picadeiro em Museu dos Coches.
Exteriormente o palácio é discreto, porém, no seu interior as salas são ricamente ornamentadas com móveis de estilo império, possuindo ainda pavimento marmóreo e tectos pintados. No entanto o mobiliário que hoje se pode observar é apenas uma parcela do que existia no séc. XVIII, pois a Família Real levou-o para o Brasil em 1807, não o tendo trazido de volta.
Durante a monarquia o palácio serviu de residência real e nele eram recebidos os príncipes e altos dignatários estrangeiros. Após a implantação da República tornou-se na residência oficial do Presidente. O Palácio possui um pequeno museu com as melhores peças oferecidas à Presidência da República por personalidades estrangeiras. Outro motivo de atenção é a cerimónia do render da Guarda Nacional Republicana, que se realiza no palácio.
GIL, Júlio, Os mais belos palácios de Portugal, Editorial Verbo, Lisboa/São Paulo, 1992.
ADRAGÃO, José Victor, PINTO, Natália, RASQUILHO, Rui, Lisboa, Editorial Presença Lda., Lisboa, 1985.