Património Material
Mosteiro de Tibães
Fazem parte da classificação a igreja, fontes e construções arquitectónicas da cerca. Foi provavelmente fundado por S. Martinho de Dume, durante o reinado suevo de Teodomiro. Foi reedificado no séc. XI, pelo cavaleiro D. Paio Guterres. Em 1480 começou a ser administrado pelos beneditinos, tendo estes, nos finais do séc. XVI, promovido a demolição do edifício, para o substituirem por outro de características barrocas. O conjunto actual data do séc. XVIII. A igreja tem uma abóbada de pedra esquartelada, sendo de salientar na capela-mor o magnífico retábulo rocaille com quatro colunas rectas, onde festões aplicados ao fuste, se enrolam em espiral, fazendo lembrar colunas salomónicas, tendo as bases que suportam as colunas a forma de vasos chineses. Entre as colunas figuram esculturas sobre mísulas e resguardadas por baldaquinos. No convento existem quatro claustros, salientando-se, o maior, com nove tramos em cada lanço, azulejos e, ao centro, um chafariz de granito lavrado. A sala do capítulo, com um tecto de caixotões pintados, possui várias telas pintadas a óleo representando frades beneditinos e D. Sebastião, o cardeal D. Henrique e Filipe II de Espanha, sendo as paredes decoradas com azulejos policromos.
LOPES, Flávio (coord.), Património Classificado - Arquitectónico e Arqueológico - inventário, vol. I, IPPAR, Lisboa, 1993.