Construção quinhentista (de 1515), cujas obras correram a expensas do infante D. Jorge de Lencastre, duque de Coimbra e de sua mulher D. Brites de Vilhena, afim de albergar religiosas da Ordem de S. Domingos. Conserva da época manuelina o portal da Igreja, em mármore branco, que se encontra sob um alpendre suportado por duas colunas ornadas com motivos vegetalistas; o Claustro (foi utilizado no séc. XIX para as corridas de touros), e algumas janelas no interior. Do séc. XVIII é a Igreja, notável pela azulejaria seiscentista e setecentista, pela talha e tecto pintado. De salientar ainda uma escultura em marfim sobre pedestal historiado, trabalho indo-português seiscentista, e as imagens de madeira, igualmente daquele período, representando S. João Evangelista e S. João Baptista. Do espólio da igreja, fazem parte também, dois paramentos de seda bordados a prata, setecentistas.

ALMEIDA, José António Ferreira de (orientação e coordenação), Tesouros Artísticos de Portugal, Selecções do Reader's Digest, Lisboa, 1982.

ROTEIRO CULTURAL DA CIDADE DE SETÚBAL - SETÚBAL CULTURAL, Setúbal, Câmara Municipal de Setúbal, 1994.